A Companhia de Polícia de Trânsito (CPTran) da Polícia Militar emitiu um aviso aos oficiais para que continuem a fiscalização, mas que não apreendam os veículos, pois o pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que funciona no bairro Santa Maria, em Aracaju, estaria superlotado.
O comunicado foi emitido na segunda-feira (4) e assinado pelo capitão Fábio Machado, comandante da CPTran. “No último fim de semana aconteceu um fato inusitado, foram apreendidos cerca de 90 veículos e poucas pessoas foram retirá-los ao longo desta semana.
Então fui informado pelo Detran que o pátio estava cheio e que não tem condições de receber novas apreensões. Vamos continuar cumprindo a orientação até sermos avisados que a situação foi normalizada, acredito que seja ainda nesta semana”, afirma o comandante.
Segundo Machado, as blitz de fiscalizações continuam acontecendo diariamente conforme o programado, com aplicação de multas e apreensão do documento do veículo em caso de irregularidade. "A diferença é que ao invés de o veículo ser removido para o pátio do Detran, o condutor fica sem o documento e é orientado a não sair de casa com ele enquanto a situação não for regularizada. O condutor praticamente ganha o bônus de não ficar sem o carro ou moto no momento da abordagem policial, essa e uma ação provisória comum em todo o Brasil em caso de superlotação dos pátios”, revela.
Já o coordenador do pátio do Detran, Franklin Hansen, nega a informação de superlotação e diz que houve uma falha de comunicação.
“Continuamos recebendo veículos normalmente. Precisamos de mais espaço na segunda e terça-feira para separar os lotes que vão para leilão porque guindastes fazem essa organização e as pessoas vão lá para conhecer. Essa foi uma situação pontual da segunda-feira (4) talvez por isso pensaram que não teríamos como receber mais veículos”, diz.
O espaço do Detran possui 2,5 mil veículos apreendidos, 90% deles por falta de pagamento do licenciamento. A capacidade não foi informada, pois muda com o recebimento de caminhões e ônibus.
“A rotatividade é grande, mas mais veículos entram do que saem, além disso, alguns têm restrição judicial e acabam ficando por muito tempo no local. Mesmo se o pátio do Santa Maria ficasse impossibilitado de receber apreensões elas poderiam ser levadas para a sede da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRv) que tem uma grande área disponível”, justifica Hansen. O comandante da CPTRan nega que esse espaço também pode ser usado como pátio.