Abandono no shopping: mãe diz que falta de dinheiro foi motivação
Foto: AAN
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JornaldaCidade.Net/ Com informações do Correio 24h
04/08/2014 -

 Enquanto o menino de 12 anos que foi abandonado em um shopping da capital sergipana está sob os cuidados de um abrigo de Aracaju, a mãe está no Estado da Bahia esperando a decisão judicial para o caso. Na última sexta-feira (1º) ela prestou depoimento na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca) e, de acordo com o seu depoimento, ela teria abandonado a criança porque não tinha condições de criá-lo.

Algumas informações sobre o depoimento prestado foram passadas pela delegada Janice Dória, que ouviu o relato da mulher. Segundo ela, a mulher apresentou um atestado médico destacando um “momento de desespero”. “Ela já saiu de Amargosa com essa finalidade e, chegando lá, (em Aracaju), deixou o menino num shopping e voltou para Amargosa. Disse que estava sem condições de manter a criança, em função da pensão irrisória que recebe do pai do menino, e o filho necessita de cuidados especiais", explicou a delegada Janice Dória.

Na última quinta-feira (31), as delegadas Lara Shuster e Suirá Paim do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) de Sergipe, explicaram como foram iniciadas as investigações e como chegaram até a mãe e o pai do menino. Na ocasião, elas relataram que a mãe da criança sofre de problemas psíquicos e que o pai não tinha certeza se o menino era seu filho, já que há muito tempo não o via.

De acordo com Suirá Paim, ainda é preciso se confirmar o problema psicológico da mãe e as reais circunstâncias do abandono. “Não podemos dizer que houve, por parte da mãe, uma premeditação de abandono. Questões como essa ainda serão apuradas com a devida atenção. Por enquanto, o inquérito segue e o menino irá permanecer em Aracaju, bem como a mãe continuará em Salvador até que o caso se conclua”, frisou a delegada.

Enquanto isso, o pai do menino está sobre aviso. Segundo as delegadas do DAGV, caso seja diagnóstica o problema psicológico da mãe e se entenda que ela não tem condições de criar o menino, a guarda passa a ser questionada.