Carregadores do Ceasa são obrigados a pagar taxa
Foto: JornaldaCidade.Net
Foto: JornaldaCidade.Net
Jornaldacidade.net
28/07/2014 -

A partir desta quinta-feira (1º) carregadores e fretistas da Central de Abastecimento de Aracaju (CEASA) terão que pagar taxas para continuar usando o espaço para trabalhar. A nova regra obriga esses trabalhadores a terem um padrão para melhor atender aos consumidores.

Embora a medida tenha como objetivo trazer melhorias na organização do local, os trabalhadores que terão de se adaptar a nova  condição estão indignados. “Não existe benefício nenhum em pagar esta taxa, poderia estar fazendo uma previdência com este valor”, declarou um trabalhador que não quis se identificar.  

Para um pai de família que ganha em média R$ 400,00, quando o mês é produtivo pagar R$ 1,00 ao dia com um mês fraco, onde se ganha em média R$ 80 ficará complicado. No final do mês com R$ 30,00 a menos no orçamento ficará apertado.

Segundo o carregador que também não quis identificar, durante as reuniões foi imposto que se o carregador adoecer e não puder pagar o boleto do mês, o mesmo será guardado e ainda terá que ser pago uma muta. “Desde meus 10 anos que trabalho aqui, sobrevivo disso, pago meu aluguel, minha alimentação sustento a família. Eles exigiram nossos documentos como se fosse  nos contratar “, afirmou. A declaração foi desmentida pelo presidente da associação.

 De acordo com o presidente da associação comercial Ceasa, Edson Silva, o que existe é uma necessidade diante do Ministério Público e Vigilância Sanitária de uma organização da central de abastecimento.

 Segundo Edson, a preocupação é oferecer ao consumidor, uma  melhor estrutura e atendimento aos clientes. “Havia um desconforto dos consumidores, você vinha fazer suas compras e o carregador simplesmente sumia levando a mercadoria dos clientes, o que acontecia frequentemente. Sem falar que muitas pessoas estão usando o espaço para vender outros produtos como veículos, por exemplo, ocupando as áreas de estacionamento, algumas vezes gerando conflitos verbais entre esses comerciantes e flanelinhas", comentou Edson.

Ainda segundo o presidente, existe a necessidade de cadastrar esses trabalhadores para conhecer quem circula na central. “Para ter uma ideia, se sai do presídio 20 homens, cinco se escondem aqui. Isso é mercado livre. O acesso é aberto. Diante dessa preocupação então será providenciada crachá, colete e espaço para que a população veja mais organização”, argumentou.  

Ficou decido na última reunião, que quem trabalha com carro de mão terá que pagar R$ 1,00 por dia, o carro-geladeira R$ 2,00 e o carro de frete R$ 10,00, em troca os trabalhadores  terão  espaço para guardar seus  carrinhos, além do colete e crachá.