O crescimento da geração de empregos em Sergipe desacelerou no mês de junho. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram admitidos 9.344 novos trabalhadores, enquanto 9.335 foram demitidos. Em linhas gerais, o mês de junho terminou gerando apenas um saldo de apenas nove novos contratos. Com exceção da agricultura, que gerou 418 vagas de trabalho no estado, o Comércio reduziu 257 postos de trabalho, a Construção Civil 65 e a Extrativa Mineral 44.
Para o economista do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), Luís Moura, criar novos postos de trabalho está complicado em todo o país, pois a economia não atravessa uma boa fase. “Nós tivemos 717 admissões e 219 desligamentos, na agricultura, totalizando a contratação de 418 novos trabalhadores. Mas essa é uma realidade sazonal, provocada pela necessidade de mão de obra pelo período da colheita de cana-de-açúcar. Mesmo com esse saldo de apenas nove empregos formais, é importante perceber que o estado continua gerando empregos mesmo em meio à crise econômica que vive o país”, destaca.
Outro dado positivo, apontado pelo economista, é que em seis meses, no período de janeiro a junho desse ano, foram gerados 1.372 novos postos de emprego em Sergipe. “Se olharmos o saldo dos últimos 12 meses, podemos perceber que nesse período foram criados 13.732 novos postos de trabalho, ou seja, estamos dentro da média. A expectativa é que encerremos o ano com cerca de 13 mil novos trabalhadores empregados em Sergipe”, explica Luís Moura.
Já a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que no mês de maio, o setor de serviços registrou no Brasil um crescimento nominal de 6,6%, na comparação com igual mês do ano anterior, superior à taxa observada em abril (6,2%) e inferior à de março (6,8%). No que concerne à análise dos resultados do Nordeste, os dados mostram que, no mês de maio deste ano, nenhum estado da região apresentou variação negativa. As maiores variações foram registradas pelos estados da Paraíba (11%), Rio Grande do Norte (9%) e Ceará (7,4%). O Estado de Sergipe apresentou variação positiva, 3,8% e Sergipe (5,4%).
Para Luís Moura, o crescimento expressivo do setor está ligado à renda dos sergipanos e ao período avaliado, que contou com a realização das férias e de eventos como a Copa para aquecer as vendas dos serviços oferecidos em diversos setores. “A pesquisa do IBGE trabalha com diversos setores de serviço e faz um levantamento mensal para avaliar a realidade encontrada no setor. A Copa ajudou sim, mas o fato dela ter sido realizada na época de férias foi o que mais contou nesse sentido, pois é nessa época que as famílias mais viajam e consomem. O que influenciou esse segmento foi a renda do sergipano e do brasileiro, como um todo. O que vai ajudar a movimentar os empregos no estado, agora, serão as eleições que sempre que são realizadas aumentam a quantidade de empregos temporários no estado”.
Geração de emprego cai em SE
28/07/2014 -
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