Grupo reprovado no teste médico da PM de Sergipe cobra explicações
14/07/2014 -
Cerca de 60 candidatos reprovados na inspeção médica do último concurso realizado pelo Governo do Estado para preenchimento de vagas na Polícia Militar (PM) de Sergipe afirmam que o resultado apresentado no site da PM não especifica o motivo da eliminação. O grupo realizou uma manifestação em frente ao Hospital da Polícia Militar (HPM) na manhã deste sábado, 12, cobrando explicações.
De acordo com o candidato eliminado, Ian Capua, o resultado não explica o motivo real da eliminação. “Queremos saber o critério e a metodologia adotada para nossa inaptidão, porque não fomos informados no resultado”, comenta.
O grupo suspeita que o motivo tem a ver com o teste de acuidade visual. “Suspeitamos que nos eliminaram por conta do teste oftalmológico. Contudo, as pessoas não podem ser eliminadas por conta disto, já que, esta debilidade visual pode ser corrigida com óculos, por exemplo”, argumenta.
Uma candidata inapta, que não quis se identificar, informou que alguns candidatos pediram exoneração dos empregos a pedido da Polícia Militar. “Eles nos recomendaram a pedir exoneração do emprego e muitos candidatos acataram ao pedido, principalmente porque o resultado saiu ontem à noite e o curso já começa na segunda”, revela.
Ela ainda coloca que os candidatos também compraram roupas e acessórios que possivelmente seriam usados no curso. “Tem gente que comprou o enxoval exigido, com duas calças, camisa, roupa de educação física e tênis”, acrescenta.
Polícia Militar
O tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe do setor responsável pela comunicação social da corporação, explicou que a polícia não divulgou os motivos da inaptidão para não prejudicar os candidatos. “Não colocamos os motivos no site para não expor a situação médica pessoal dos candidatos. Porém, eles têm o direito de saber os motivos. Essa informação pode ser encontrada no próprio HPM”, observou o tenente-coronel.
Sobre a manifestação dos candidatos a respeito de que teriam recebido orientação para pedir demissão de outros empregos e quanto as compras das vestimentas e acessórios, o tenente-coronel Paulo Paiva afirma que tuda a situação seria de responsabilidade de cada candidato. “Quem pediu demissão ou comprou as roupas fez por conta própria. A polícia não fez esta recomendação”, garantiu.
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