Latrocínio na Atalaia: Neneco confessa seis homicídios
Neneco: treita de torcidas e venda de cavalo (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)
Neneco: treita de torcidas e venda de cavalo (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)
Portal Infonet
05/08/2014 -
Ao ser apresentado como um dos integrantes do grupo que assassinou o comerciante Juracir Santos Rocha, 49, crime ocorrido na madrugada do dia 22 de julho deste ano, o acusado identificado como Marcos Vinícius Santos Prado, 18 - o Neneco, ratificou as acusações feitas pela polícia e confessou participação em pelo menos seis homicídios.
 
Segundo revelou a jornalistas, todos os crimes foram motivados por envolvimento em torcidas organizadas e também com outras “treitas” que envolvem comércio de animais [cavalos].
 
Neneco foi preso no domingo, 3, na Coroa do Meio. Segundo a polícia, ele estava com um suposto comparsa identificado como Jonatha Santos Lima e, com eles, os agentes do Grupamento Especial de Repressão e Busca (Gerb) apreenderam um revólver de calibre 38 que, supostamente, seria usado em um outro assalto. “Mas não foi esta a arma usada no latrocínio [no assassinato do comerciante Juracir Rocha]”, ressaltou o delegado Fábio Pereira, responsável pela investigação do assassinato.
 
O delegado informou ainda que Jonatha foi autuado em flagrante delito por porte ilegal de arma e que os inquéritos estão desmembrados.
 
Tráfico
 
De acordo com a polícia, Neneco também é envolvido com o tráfico de drogas e já vem atuando na criminalidade desde a adolescência, com passagens pelo Centro de Atendimento ao Menor (Cenam). “Estão dizendo aí”, resumiu o acusado numa referência às acusações. Mas, em outro momento, ele confessa que teria sido surpreendido pela polícia com “uns pino” [embalagem contendo cocaína, supostamente preparada para o comércio].
 
Quanto ao assassinato do comerciante, Neneco não sabe quem disparou a arma. Ele confessou que estava no veículo, um Uno na companhia dos comparsas, que teriam locado para “dar um passeio”. No momento da abordagem ao comerciante, ele teria permanecido dentro do veículo e que os outros dois comparsas teriam entrado na residência da vítima para roubar um aparelho de televisão, versão confirmada pela polícia.
 
Segundo o delegado, Neneco estava acompanhado por mais dois comparsas: Jeférson  Ribeiro Torres, 19, preso no mesmo dia do crime e autuado em flagrante por latrocínio, e o outro conhecido como Batista, que continua foragido. Neneco fala pouco, mas as frases pronunciadas praticamente confirmam a versão apresentada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, mas revela arrependimento e vontade de dar um novo norte à vida, após esta prisão. “Minha mãe e meu pai sempre me dão conselhos para o bem, mas agora vou mudar em nome de Jesus”, resumiu.