Uma denúncia anônima dando conta de um aumento "abusivo" no bilhete de passagem gerou uma audiência no Ministério Público Estadual (MPE) nesta quarta-feira, 16. Por conta da denúncia, o presidente da Coopertalse, Valdenes Ferreira participou da audiência comandada pela promotora Cecília Nogueira [durante férias de Euza Missano] e fez os esclarecimentos quanto ao ocorrido.
Segundo a promotora de Justiça Cecília Nogueira, a denúncia informava que o preço da passagem teria sido alterado, sem que os usuários fossem informado. “Essa reclamação veio anônima através de email, informando que no feriado de 17 de abril na Rodoviária Velha, estaria existindo dois guichês para a venda de passagens, sendo que em um deles a passagem de viagem pela Coopertalse já estaria esgotada e em outro ambiente externo da rodoviária, a venda estava com o preço acima do estabelecido por tabela. Por existir a caracterização de preço abusivo, chamamos hoje a empresa para conversar, apurar os fatos e prevenir que outra reclamação parecida chegue aqui”, conta.
O presidente da Coopertalse, Valdenes Ferreira compareceu a audiência, mas estranhou a denúncia. “Tenho certeza que não procede essa denúncia porque hoje temos um controle grande nos terminais. Não teria como ocorrer isso sem passar pelo conhecimento da empresa, porque as passagens hoje tem um controle oficial do estado e a venda da passagem só pode ser alterada com a autorização do conselho de transportes e isso não deve ter ocorrido”, afirma.
Valdenis Ferreira pede ainda que em caso de denúncia, que o (a) passageiro (a) possa identificar os responsáveis da prática para que sejam punidos. “Vou reforçar dentro do quadro de funcionários de que acompanhe essa situação nos dias de grande demanda de passageiros, para ter certeza que isso não está ocorrendo. Para o usuário, a gente pede que ele possa ter um documento oficial ou identifique o funcionário, para que ocorrendo isso, a gente possa punir quem cometeu o abuso”, afirma.
Reunião
O presidente da empresa se comprometeu a realizar, no prazo máximo de dez dias, uma reunião com o gerente de vendas e o coordenador de fiscalização da Rodoviária Velha [Centro] para que a situação seja apurada.