Foi deflagrada a Operação Kilowatts com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que cometia furtos qualificados por fraude em todo o território nacional com vítimas sergipanas em Itaporanga D'Ajuda e São Cristóvão. O líder do grupo se passava por funcionário da concessionária de energia elétrica, simulava um procedimento na rede elétrica e fazia furtos nas residências das vítimas, geralmente pessoas idosas. Três mandados de prisão foram cumpridos, sendo dois em Raposa, no Maranhão, e um em Marabá, no Pará. Entre os presos, estão o investigado, a esposa e a amante dele. Apenas este ano, uma das contas utilizadas para disfarçar a atividade criminosa do investigado somou movimentação superior a R$ 1,2 milhão.
A operação foi desencadeada pela Delegacia de Itaporanga d'Ajuda e pela 12ª Delegacia Metropolitana (12ª DM), de São Cristóvão. As prisões ocorreram com o apoio do Núcleo de Apoio à Investigação do Sudeste Paraense (NAI/Marabá) e Seccional Norte (SPCC) do Maranhão. Além das prisões, a motocicleta utilizada no crime foi apreendida.
As investigações tiveram apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), Delegacia de Canindé de São Francisco, Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci) e Delegacia-Geral.
De acordo com o delegado Weliton Júnior, as investigações em Sergipe tiveram início com o cometimento do crime em 2 de julho deste ano. “Em que o líder dessa associação criminosa abordou idosos em Itaporanga e em São Cristóvão, se apresentando como funcionário da concessionária de energia”, contextualizou.
Na data do crime, ao simular um procedimento na rede de energia das vítimas, o investigado procurou por objetos que pudessem ser furtados das residências. “Ele acaba subtraindo pertences valiosos, como dinheiro, joias e cartões. Entre Itaporanga e São Cristóvão, ele acabou subtraindo uma quantia superior a R$ 51 mil”, revelou o delegado Weliton Júnior.
Ainda conforme o delegado, o investigado circulava por todo o país junto a uma mulher. “Um dos objetivos de trazer sempre uma mulher consigo era despistar ações policiais. Além disso, as mulheres tinham a função de ceder contas bancárias para que o investigado depositasse as quantias subtraídas das vítimas”, relatou o delegado.
A apuração policial demonstrou ainda que o investigado é contumaz e praticava o mesmo crime há três décadas. “Ele exerce essa atividade como sua própria profissão. Haja vista que a investigação demonstrou que ele cometeu esse tipo de crime há pouco mais de 30 anos, já tendo sido preso e processado em outros estados do país”, ressaltou Weliton Júnior.
A operação foi intitulada como Kilowatts em alusão ao modus operandi do investigado. “Ele apresenta um crachá, aborda as vítimas e diz que vai sugerir os quilowatts consumidos pela residência”, descreveu Weliton Júnior, responsável pela Delegacia de Itaporanga d'Ajuda.
A Polícia Civil solicita que eventuais vítimas do grupo que ainda não comunicaram os casos à polícia compareçam a uma delegacia e registrem o boletim de ocorrência. Outras informações e denúncias podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.