Na tarde desta terça-feira, 29, a Prefeitura de Socorro, por intermédio da Diretoria de Educação da Secretaria Municipal de Educação - Semed -, por meio da Coordenação de Educação Inclusiva realizou uma reunião, juntamente com o Núcleo de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe - UFS - com famílias de crianças com paralisia cerebral, que integram a Rede Municipal de Ensino de Nossa Senhora do Socorro.
O objetivo da reunião foi apresentar um projeto de pesquisa que vai desenvolver estratégias de aprendizagem para o desenvolvimento dos alunos com paralisia cerebral. Por meio do projeto, profissionais de Fonoaudiologia vão acompanhar os alunos nas salas de Atendimento Educacional Especializado - AEE - que existe em oito escolas do município. O projeto vai facilitar a inclusão destes alunos na sala de aula regular e melhorar a comunicação.
Desde 2011, a Semed realiza parcerias com o Núcleo de Fonoaudiologia da UFS e este será o terceiro projeto desenvolvido no município de Nossa Senhora do Socorro. "Pela parceria que já tínhamos com Educação, estávamos buscando crianças com diagnóstico de paralisia cerebral para realizar um trabalho clínico na área da Fonoaudiologia, trabalhando a linguagem pela comunicação alternativa. Isso tudo com o intuito de que a criança tenha mais autonomia e possa se comunicar melhor, seja da forma oral ou escrita", explicou a fonoaudióloga e pesquisadora da UFS, Juliana Alcântara.
A diretora de Educação da Semed, Isabel Ressureição, destacou a importância da parceria entre a Educação e a UFS. "Essas parcerias são para engrandecer a Educação no nosso município. Por isso, todos os projetos que chegam para melhorar e agregar na Educação, nós abraçamos. Muitas vezes as mães acham que os filhos com deficiência terão muitas dificuldades. Mas, por intermédio desses projetos conseguimos mostrar que esses alunos podem ultrapassar mais barreiras do que elas imaginavam", enfatizou.
Ao todo, a Rede Municipal trabalha com 250 alunos com diversas deficiências, dos tipos: intelectual, auditiva, física, visual, baixa visão e autistas. Destes, seis com paralisia cerebral vão participar do novo projeto. "Quando a gente fala de inclusão da criança com deficiência na escola pública, a gente fala de um trabalho conjunto. Então, esse trabalho desenvolvido em parceria com a UFS só vem somar com o que já é desenvolvido pelos professores especializados nas salas de recursos multifuncionais", ressaltou a coordenadora de Educação Inclusiva, Ana Maria dos Santos Silva.
De acordo com Gilvanete Costa Santos, moradora do Pai André e avó de Thaísa Costa da Conceição, aluna do 2º ano da Escola Apulcro Mota, a neta vem demonstrando melhora significativa depois que começou a participar do projeto com os fonoaudiólogos. "Após as atividades, ela se desenvolveu muito. Ela não comia sozinha, não escrevia sozinha e não falava. Hoje, graças a essa parceria, ela fala, come sozinha e consegue frequentar a escola normalmente. Agradeço muito aos professores e aos profissionais", completou.