Com 2.291.077 de habitantes, Sergipe tem 191.900 pessoas, ou 8,1 % da população, vivendo em situação de extrema pobreza. Os números são da pesquisa síntese de indicadores sociais 2024, divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, que realiza a pesquisa desde 2012. Houve um pico em 2018, com mais de 15% dos sergipanos em situação de extrema pobreza. Em 2019, o número caiu para 14%. Em 2020, foi para 8,4%.
Apesar dos números em uma sequência positiva, o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe Neilson Menezes explica que programas assistencialistas são essenciais, mas para resolver o problema é preciso agir de forma mais abrangente.
"A gente está atacando a pobreza a partir de programas assistenciais, programas sociais como Bolsa Família e o BPC, e esses programas a médio e longo prazo não se sustentam. Então o ideal seria que atacassem as questões estruturais que levam à pobreza e possibilitar a opção de desenvolvimento econômico para o estado, a partir, por exemplo, do processo de industrialização, melhoria dos índices educacionais, acesso aos serviços básicos, isso tudo poderia reduzir a pobreza", avaliou o professor.
O que diz governo
Através de nota, o governo do estado informou que há ainda um percentual elevado de pessoas vivendo nessas condições e um longo caminho a ser trilhado. Mas, destacou o movimento de gradativa redução desse percentual, como constatado pelo próprio estudo do IBGE, que revela uma queda de 1,5 ponto percentual do ano de 2022 para o ano de 2023.
O governo citou ainda, a contribuição das políticas públicas desenvolvidas pelo estado, a exemplo dos programas Prato do Povo e Primeiro Emprego e os benefícios sociais, como os cartões CMais em suas diversas categorias.
Fonte: G1SE