Técnico da Alemanha: “Sabemos como Scolari se sente”
Joachim Löw: Brasil desorganizado e nervoso facilitou vida dos alemães (foto: Martin Rose/ Getty Images)
Joachim Löw: Brasil desorganizado e nervoso facilitou vida dos alemães (foto: Martin Rose/ Getty Images)
Por Igor Matheus, de Belo Horizonte
09/07/2014 -
Perplexidade e solidariedade. Com a frieza típica dos alemães, o técnico da Alemanha, Joachim Löw, demonstrou surpresa com o resultado de 7 a 1 sobre o Brasil na coletiva de imprensa após o jogo. Mas, por outro lado, tentou se colocar no lugar dos derrotados – posição que ele conhece bem. “Lembro de ter perdido para a Itália em 2006 quando todos queriam que chegássemos à final, e isso no minuto 119 da partida. Sabemos como [o técnico Luis Felipe] Scolari está se sentindo. Mas não vamos dar importância demais a isto”.
 
Já a análise que Löw faz da vitória passa pela “desorganização” brasileira. “Marcamos três gols em quatro minutos, e isso para os donos da casa foi um grande choque. Depois do 2 a 0, percebemos que eles estavam perdidos e nunca conseguiam voltar a sua organização. Enquanto isso, ficamos calmos e aproveitamos que eles estavam em pane”.
 
Löw também comentou como estava o clima no vestiário no intervalo, quando o placar estava em impressionantes 5 a 0. “Na verdade não foi uma euforia desenfreada. Todos estavam felizes, pois sentíamos que o resultado já representava nossa vitória. Na volta, quando o anfitrião saiu e mostrou reação, ainda controlamos o jogo até o final. Não perdemos a noção da realidade”, disse.
 
O técnico alemão ressaltou ainda o que pediu para a equipe fazer na segunda etapa. “Pedi a todos para jogar de forma inteligente, manter a bola no jogo, jogar sério, e começar contra-ataques rápidos. Sabíamos que o Brasil tinha aberto grandes espaços, e que quando o adversário joga rápido, eles têm problemas. Quando se tem uma vantagem por 5 a 0, é preciso manter isso”.
 
Low analisou mais a fundo os problemas do Brasil, bem aproveitados pelo alemães. “Todo o time ficou em pane, sofreu pressão e tomou gols muito rapidamente. Percebemos que estavam todos nervosos, jogando bola para frente, para a nossa área. Todo o time brasileiro estava com problemas, abrindo grandes espaços no meio de campo”.
 
Por fim, o técnico da seleção alemã mostrou cautela em relação ao próximo adversário, ainda não definido. “Ninguém pode se achar invencível. Tanto Argentina como Holanda fizeram uma excelente Copa até aqui. Ambos têm excelente jogadores. Vamos aguardar o jogo de amanhã e ver como será. Não deve ser um jogo como foi esta semifinal, e o adversário deverá ser bem diferente”.