Antônio dos Santos denuncia que no Huse cirurgias não estão sendo feitas por falta de roupas esterilizadas
Na sessão desta terça-feira, dia 16, o deputado estadual Antônio dos Santos (PSC) denunciou que cirurgias não estão sendo feitas no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) porque estão faltando roupas adequadas para as equipes médicas entrarem no centro cirúrgico. Segundo ele, no domingo, ele esteve na unidade de saúde e pode perceber essa situação. “É o cúmulo do absurdo: cinco pessoas na porta para entrar no centro cirúrgico e chegar alguém para dizer que não tem roupa para todas as equipes e só dá para uma e aí que se escolha um paciente e os demais só farão a cirurgia quando tiver roupa para os profissionais operarem”, relatou o parlamentar.
O deputado Antônio dos Santos fez um apelo ao governador Jackson Barreto, à secretaria de Estado da Saúde, Joélia Silva, e à presidência da Fundação Estadual de Saúde, para que busque solucionar essa questão. Segundo o parlamentar, esse problema vem se arrastando há um bom tempo. Ele contou que, na ocasião, foi ao Setor de Sutura do hospital e conversou com os médicos e essa realidade foi confirmada.
“Eles não só confirmaram como disseram que também está faltando fio de sutura. Como pode abrir um paciente para cirurgia e depois não costurar”, indagou Antônio dos Santos, acrescentando que os médicos informaram que na unidade só tinha fio de sutura do mais grosso e do mais fino, que é utilizado em cirurgia plástica.
Em seu pronunciamento, o deputado Antônio dos Santos disse que em visita às enfermarias do Huse ouviu do esposo e filho de uma paciente internada que a mulher estava com dores porque o hospital não tinha medicamento para ela. O marido procurou saber do hospital se poderia comprar e levar para ela tomar, mas isso não era possível. “É para morrer de dor? Que situação nossos pacientes estão passando. A situação está grave demais”, avaliou.
O deputado Antônio dos Santos lembrou que, antigamente, dentro do Huse havia uma lavanderia, que cuidava desse serviço de higienização e esterilização das roupas utilizadas pelas equipes nos procedimentos cirúrgicos, para evitar contaminação dos pacientes, o que poderia levar à morte. “Quando o secretário de Saúde era Rogério Carvalho, fui informado que esse setor acabou, para que o serviço fosse terceirizado e assim desse celeridade e atendesse a todos os hospitais do Estado. Resultado: contratou-se uma empresa para fazer o serviço, o Estado não está pagando e a empresa não está fazendo o serviço e a população que morra. E a situação que temos hoje é essa, lavanderia fechada e faltando material para os médicos trabalharem”, acrescentou.
Ele disse que os médicos estão lá para fazer as cirurgias, mas não podem entrar no centro cirúrgico porque não têm as roupas esterilizadas para isso. “Que Deus tenha compaixão e esse Estado possa voltar a atenção devida aos pacientes que precisam e os mais pobres que estão lá no Huse”, finalizou Antônio dos Santos.













