A presença no dia de ontem (22) no município lagartense do governador Jackson Barreto (PMDB) e do ministro das Cidades Gilberto Occhi rendeu um longo debate na sessão desta quinta-feira (23) da Câmara Municipal de Lagarto. Mas o motivo não foi a assinatura do contrato do projeto de abastecimento de água, motivo pelo qual marcaram presença as autoridades, mas a divisão dos blocos políticos que subiram no palanque montado na Praça Filomeno Hora.

O tema começou a ser abordado depois de um questionamento feito pelo vereador Pedrinho da Telergipe (PR), o primeiro a usar a tribuna no grande expediente. De acordo com o vereador, a imprensa veiculou a informação de que o prefeito de Lagarto, Lila Fraga (PSDB), não teve seu nome citado por Jackson. "Estão falando que o governador não citou o nome do prefeito. É verdade?", perguntou aos vereadores presentes na casa.

O primeiro a se manifestar foi Fraga da Brasília (PSDB), presidente da mesa diretora. Ele negou a informação, confirmando inclusive que não somente nos cumprimentos o nome do prefeito foi falado, mas também durante o discurso do governador. "Ele falou o nome do prefeito mais de duas vezes. Mas como eu votei contra, ele falou presidente da casa ao invés de citar meu nome", afirmou Fraga.

O outro a confirmar a diplomacia do governador em lembrar o nome do prefeito lagartense foi Joselmo de Antônio Simões (PSC). "Ele citou o nome do prefeito, de todos os deputados. Quem errou o nome do presidente [da câmara] foi o deputado Fábio Reis, mas depois se corrigiu", informou.

Na tribuna, Pedrinho relatou aos vereadores e público que já passou por situações nas quais o fato de estar em lado diferente politicamente resultou num mal estar. Solenidades da própria prefeitura de Lagarto foram um dos exemplos elencados pelo republicano.