Ocupantes de invasão reclamam de falta de energia
21/10/2014 às
Denise é pescadora e ocupante da invasão Recanto dos Cajueiros / Foto Portal Infonet
Os moradores da invasão Recanto dos Cajueiros, localizado na praia do Jatobá, no município Barra dos Coqueiros, reclamam de falta de energia elétrica no local. Segundo os residentes, a Empresa Distribuidora de Energia de Sergipe (Energisa) cortou o fornecimento na região há mais de um ano e as condições de vida estão precárias no local.
De acordo com a moradora da invasão Denise Ferreira, mais de 120 famílias sofrem com o desabastecimento na região. A pescadora informa que as pessoas moram no Recanto dos Cajueiros há mais de quatro anos, enquanto o corte de energia já dura mais de um. “É muito complicado para a gente aqui. Já falamos com a Energisa, mandamos documentos pedindo a energia, mas não recebemos respostas”, diz a pescadora.
Ainda este ano, os moradores da invasão fizeram manifestação com os mesmos pedidos. O eletricista Girlas Barbosa fala que, mesmo depois dos protestos, a situação dos ocupantes permanece a mesma. “Estamos pedindo isso há muito tempo. Não é fácil ficar sem energia em nenhum lugar”, lamenta.
Denise explicou ainda que os ocupantes procuram outras formas para se adaptar à falta de energia. “A gente se vira como pode, mas é muito difícil. O que é que a gente faz com a geladeira da gente, os alimentos? Além de que, sem luz, a gente fica sem segurança por aqui”, completou a pescadora.
Energisa
De acordo com o assessor da Energisa, André Brito, o problema do local não pode ser solucionado pela empresa de energia. “Locais de invasão, a gente não tem autorização para ligar a energia. Não temos competência para ligar, se o morador não for dono legalizado do local”, disse o assessor.
André explicou que, normalmente em invasões, os fios elétricos são ligados de modo clandestino. “Quando esse tipo de coisa acontece, temos obrigação de ir ao local e desligar a energia imediatamente. Temos que combater as ligações clandestinas, que sugam a demanda de energia daquela região. Isso é fraude, temos que combater”, fala.
“Se nós desligamos a energia nesse local, é porque há impedimento legal para a liberação. Para que a energia seja ligada em qualquer lugar, as pessoas devem comprovar que são áreas regularizadas”, completa André Brito.
