Projeto Inclusão: Prefeitura e INSS antecipam avaliação para crianças neurodivergentes

03/11/2025 às 11:27:16
Foto: Ascom Semfas

A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), em parceria com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizou, nesta sexta-feira, 31, a segunda edição do Projeto Inclusão, na capital sergipana. A iniciativa, que aconteceu no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Maria Diná Menezes, localizado no bairro 17 de Março, visa antecipar a avaliação social e a perícia médica para crianças e adolescentes neurodivergentes, facilitando o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Nesta edição, cerca de 64 crianças e adolescentes foram contemplados. A ação foi resultado de um trabalho prévio da Gerência do BPC da Semfas, que realiza a articulação e o acompanhamento técnico de famílias com perfil para o benefício, além de uma parceria com a Secretaria Municipal da Educação, que encaminhou 15 estudantes da rede de ensino.

“São famílias que deram entrada no beneficio e o processo estava tramitando. Com essa parceria, conseguímos agilizar e garantir a prioridade absoluta que nossa legislação preconiza: de prioridade no atendimento de crianças e adolescentes, e esta prioridade tem que sair do papel, através de ações como essa isso acontece”, pontua Simone Valadares, secretária da Semfas.

O objetivo do projeto é humanizar e agilizar o trâmite, que normalmente envolve cadastramento, avaliação social e perícia médica, permitindo que os processos sejam concluídos e os benefícios concedidos de forma mais rápida.

“Por meio do projeto, trazemos a perícia médica, a perícia social e a análise do beneficio em um só lugar. Muitas famílias já receberão o resultado ao final do dia e isto é fundamental”, destaca o superintendente do INSS no Nordeste, Marcus Vinicius Braga.

Além dos atendimentos especializados, o evento proporcionou um ambiente acolhedor com atividades lúdicas e lanches para as crianças e suas famílias. Para Winne Luara, mãe atípica, este momento foi fundamental após uma longa espera.

“Minha avaliação estava marcada para acontecer somente em abril, ter sido antecipada foi muito importante. Esse beneficio vai ajudar bastante, se aprovado, vou conseguir arcar com questões de saúde do meu filho e uma escola especializada”, diz.

Daniela Pereira, autônoma, que também é mãe atípica, aponta que sem o valor do beneficio não consegue atender todas as necessidades que a filha necessita. “Minha filha é autista, tem TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e TOD (Transtorno Opositor Desafiado). Não tenho condições financeiras para custear tudo que ela precisa e o beneficio me ajudará nisso”, finaliza.

 

Fonte: PMA