
Projeto que declara de utilidade pública municipal a Associação da Aldeia Fulkaxó é aprovado na Câmara de Pacatuba

A Câmara Municipal de Pacatuba aprovou o Projeto de Lei nº 21/2025, que declara de utilidade pública municipal a Associação da Aldeia Fulkaxó, da etnia Kariri Xocó, localizada na Fazenda Cadoz. A medida reconhece oficialmente a relevância social, cultural e histórica da comunidade, abrindo caminho para mais apoio institucional e preservação de suas tradições.
A aprovação representa a valorização e o fortalecimento da presença indígena no município, onde a etnia Kariri Xocó, reconhecida pela resistência histórica e pela preservação de práticas culturais ancestrais, mantém viva uma herança que atravessa gerações, marcada pela oralidade, pela música, pelas danças e pelos rituais que conectam a comunidade às suas raízes.
Para a presidente da Câmara, Rosana Barreto, o reconhecimento é um passo fundamental para garantir direitos e preservar a memória do povo Fulkaxó. “Esse projeto é mais do que um documento. É a confirmação de que a nossa cultura, nossa história e nosso modo de viver, porque eu também tenho ancestralidade indígena, têm valor e precisam ser respeitados e protegidos. É uma conquista de todos nós”, afirmou.
O autor do projeto, vice-presidente Alexandre Pereira, destacou que a aprovação também é estratégica para ampliar a visibilidade da comunidade e atrair parcerias. “Ao reconhecer a utilidade pública da associação, abrimos portas para novas oportunidades, seja por meio de convênios, seja com projetos que promovam desenvolvimento e preservação cultural. É um compromisso com a identidade e a história da nossa cidade”, ressaltou.
A Aldeia Fulkaxó é parte de um mosaico cultural que remonta ao período colonial, quando diversos povos indígenas resistiram às pressões externas e mantiveram viva sua organização social, língua e ritos. A oficialização de sua associação como de utilidade pública reforça a importância de políticas voltadas à proteção desses patrimônios imateriais, garantindo que as futuras gerações conheçam e respeitem as origens da região.
Fonte: Ascom/CMP
