SAÚDE DESGOVERNADA

17/12/2014 às

A decadência dos serviços públicos no Brasil, em todas as áreas, (infelizmente) não é mais novidade para ninguém. Por mais absurdo que pareça, relatos de falta de material hospitalar, equipamentos quebrados e leitos sem condições de receber pacientes, por exemplo, não chocam mais. Viraram notícia comum.

 

Por aqui a realidade é a mesma. Denúncias sobre as péssimas condições de atendimento das nossas unidades de Saúde são constantes, em especial sobre o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), que recebe pacientes de Estado inteiro. A última delas partiu do deputado Antônio dos Santos (PSC), em pronunciamento na Assembleia Legislativa. Segundo ele, cirurgias não estão sendo realizadas na unidade devido à falta de roupas adequadas para as equipes médicas.

 

“É o cúmulo do absurdo: cinco pessoas na porta para entrar no centro cirúrgico e chegar alguém informando que não tem roupa para todas as equipes. Tiveram que escolher qual paciente seria operado, e os outros só farão a cirurgia quando a roupa adequada for providenciada”, relatou o parlamentar, que esteve no Huse no último domingo.

 

Escolher qual paciente será operado, como se a saúde de uma pessoa fosse mais importante que de outra. É mesmo um absurdo. Antônio Santos fez um apelo ao governador Jackson Barreto, à secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva, e à presidência da Fundação Estadual de Saúde, para que o problema seja resolvido. Disse ainda que esteve no setor de Sutura do hospital e que os próprios médicos confirmaram a situação. 

 

“Eles não só confirmaram como disseram que também está faltando fio de sutura”, informou. Ainda no Hospital o deputado estadual recebeu outras denúncias, como a de que faltam remédios para dor. “O marido de uma paciente contou que não tem a medicação necessária para ela, e que ele também não foi autorizado a comprar. É para morrer de dor?”, questionou.

 

A situação é para deixar qualquer cidadão revoltado, principalmente àqueles que estão neste momento, em alguma ala do Huse, dependendo da boa vontade do Governo do Estado para tratar algum problema se saúde. Deixar faltar os utensílios básicos para um atendimento decente à população é somente mais um exemplo deste desgoverno que Sergipe está enfrentando. “Que Deus tenha compaixão e esse Estado possa voltar a dar atenção devida aos pacientes que precisam”, finalizou Antônio dos Santos.

 

NOTAS

 

PAGAMENTO EM DIAS

 

E se de um lado temos um mau exemplo, do outro podemos falar de coisa boa. No município de Nossa Senhora do Socorro, a prefeitura já pagou o décimo terceiro aos servidores, mesmo com todas as dificuldades financeiras enfrentadas pelo município – e por todas as outras cidades sergipanas. Socorro também tem data programada para o pagamento do salário do mês, dia 22 de dezembro. Está aí um exemplo de bom governo.

 

NOVA UNIDADE

 

Na manhã da última sexta-feira (12), a Prefeitura de Siriri, através da Secretaria Municipal de Saúde, entregou a nova Unidade Básica de Saúde Manoel Delfino dos Santos à comunidade do povoado Castanhal. Além dessa, outras três UBS foram ampliadas e reformadas, com recursos oriundos do Governo Federal (PAC2): as dos povoados Lagoa Grande, Itaperoá e Sabinópolis. O prefeito Dal Moura (PROS) ressaltou a importância das unidades de saúde para a população siririense. “Essas UBS darão continuidade aos trabalhos das equipes do Programa Saúde da Família e vai está mais próximo da comunidade. A saúde deve está sempre em primeiro lugar”, destacou Dal.