Em todas as esferas a saúde pública foi alvo de críticas dos vereadores durante a sessão desta terça-feira (23) na Câmara Municipal de Lagarto. Município, estado e união não escaparam dos discursos de protesto dos legisladores.

"É uma vergonha a saúde pública municipal, a saúde pública estadual". Essa foi a frase de lamentação do vereador Pedrinho da Telergipe (PR), quem primeiro usou a tribuna da casa no grande expediente. A frase completou um breve relato sobre um amigo do vereador que, segundo ele, não consegue a realização de um exame de colonoscopia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Além de lastimar a ausência de marcação de consultas médicas online sem precisar sair do povoado Mariquita, como ocorria anos atrás, segundo ele, o vereador criticou também o não funcionamento da farmácia popular, que, de acordo com ele, se encontra fechada.

Em aparte ao vereador e em resposta à fala de Pedrinho, Cláudio de Dona Leu (PP), líder da situação na câmara, justificou a falta da regularização de um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para reativar o estabelecimento que vende remédios a preços populares. Adiante, ele informou que em breve a farmácia estará novamente funcionando.

Não foram apenas críticas às ações na área da saúde no município lagartense levadas ao plenário da câmara. O Hospital Regional de Lagarto (HRL) recebeu elogios dos vereadores Enilton da Farmácia (PMDB) e Marta da Dengue (PP). Para ela, a estrutura do hospital merece destaque, já que conta com uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) atendendo toda a região.

Com direcionamento ao Governo Federal, o programa Mais Médicos foi o que recebeu ênfase nas reclamações. Cláudio citou problemas na fiscalização do programa, o que chega a comprometer a qualidade do atendimento, já que alguns profissionais, segundo ele, não estão devidamente habilitados. "Foi descoberto que muitos desses diplomas dos médicos que vêm ao Brasil são diplomas falsos", denunciou.

Em contraponto, Fábio Frank (PCdoB) afirmou desconhecer qualquer tipo de denúncia do gênero, principalmente notícias em rede nacional sobre falhas no atendimento de um profissional a um paciente, como medicação errada, por exemplo.

Presenças
A sessão foi aberta com as presenças dos vereadores Fraga da Brasília (PSDB), presidente da casa, Enilton, Marta, Pedrinho, Valmir de Carminho (PV), George de Zizi (PDT) e Joselmo de Antônio Simões (PSC). Em seguida, a sessão pôde contar com Washington da Mariquita (PTB), Cláudio de Dona Leu, Érico Menezes (PSDB), Fábio Frank, Adson do Leite (PV) e Kléber de João Maratá (PRTB).