Sergipe tem segundo menor percentual de pessoas em extrema pobreza entre os estados do NE

Entre 2023 e 2024, considerando-se os parâmetros propostos pelo Banco Mundial, a população de Sergipe em situação de extrema pobreza (rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 2,15 PPC por dia, ou R$ 218 por mês) saiu de 8,1% para 4,5% - uma redução de 44,4% em apenas um ano. Esse percentual coloca Sergipe como o segundo estado do Nordeste com menor proporção de pessoas nessa condição, ficando atrás apenas do Piauí, cujo índice foi de 4%.A média de pessoas em extrema pobreza no Brasil foi de 3,5%, enquanto no Nordeste foi de 6,5%. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE.
O percentual de pessoas nessas condições caiu comparado ao ano de 2012, quando 11,9% vivam nessas condições. Na série histórica, o período com maior contingente de pessoas na extrema pobreza foi em 2018, ano em que 15,5% das pessoas em Sergipe estavam na extrema pobreza. Ainda segundo os dados do IBGE, na hipótese de não existirem os benefícios de programas sociais, em 2024, a extrema pobreza em Sergipe subiria para 18%.
O percentual, entre 2023 e 2024, de pessoas em situação de pobreza (com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 PPC por dia, ou R$ 694 por mês) também recuou de 44,1% para 36,4%, o que representa uma redução de 17,5%. Na hipótese de não existirem os benefícios de programas sociais, o percentual de pessoas vivendo na pobreza subiria para 44,5%. A média de pessoas vivendo nessa condição no Brasil em 2024 foi de 23,1%, enquanto que no Nordeste foi de 39,4%.
A Região Metropolitana de Aracaju também apresentou redução relacionada a esses indicadores. Entre 2023 e 2024, o percentual de pessoas vivendo na extrema pobreza saiu de 6,4% para 4,4%. Já a pobreza reduziu de 32,2% para 29%.
Índice de Gini
Em 2024, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita para Sergipe foi de 0,498. No entanto, sem a presença dos benefícios sociais, esse índice aumentaria para 0,575, ou seja, um índice 15,7% maior. Em 2024, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita para o Brasil seria 7,5% maior sem os benefícios de programas sociais, passando de 0,504 para 0,542.
Os impactos da ausência de benefícios seriam maiores no Norte e no Nordeste, com o Gini crescendo, respectivamente, 14,2% e 16,4%, e passando de 0,488 para 0,557 no Norte e de 0,499 para 0,582 no Nordeste. No Sudeste e no Sul, a ausência dos programas sociais teria menos impacto, chegando, respectivamente, a 3,7% e 4,7%, com o Gini passando de 0,490 para 0,513, no Sudeste, e de 0,457 para 0,474, no Sul.
O índice de Gini é um dos principais indicadores da desigualdade na distribuição de rendimentos. Este índice varia de 0 a 1, sendo 0 a situação de perfeita igualdade e 1, de perfeita desigualdade, onde todo o rendimento estaria concentrado em uma única pessoa.
Fonte: IGBE em Sergipe












