Os servidores lotados na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), do município de Lagarto, denunciaram ao Portal Lagartense o não recebimento do adicional de insalubridade. Segundo eles, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e profissionais da limpeza e higienização têm contato direto com agentes químicos e biológicos, mas estão sem receber o adicional, direito previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Na Unidade Básica de Saúde Padre José Almeida, na Colônia Treze, por exemplo, mais de 30 funcionários não recebem o acréscimo. Além do mais, os servidores do posto que moram em locais distantes também protestam contra a falta de pagamento de auxílio alimentação e auxílio transporte.

Segundo eles, dois requerimentos já foram feitos à SMS, além de reuniões com representantes do órgão para resolver a situação. De acordo com os servidores, o benefício do adicional de insalubridade era pago em gestões anteriores, mas foi "cortado".

Em resposta, o secretário adjunto de saúde, Zerdi Francisco Cruz, explicou que um programa foi implantado pelo município para fazer a avaliação dos servidores que trabalham em atividades e operações insalubres ou com algum grau de periculosidade e, consequentemente, conceder o direito. "Nunca foi feito em Lagarto essa concessão com validade jurídica", afirmou.

O Serviço Médico de Saúde do Trabalho (Servent) já está sendo aplicado, segundo Cruz, e alguns trabalhadores já recebem o adicional. "Eles [que ainda não foram] vão ser reavaliados para ter essa concessão e juridicamente estarem respaldados", explicou o secretário, alertando que as avaliações estão sendo realizadas no Centro de Especialidades por um engenheiro de segurança do trabalho e uma médica perita.