A sessão da Câmara Municipal de Lagarto nesta terça-feira (26) contou com poucos vereadores, começou atrasada e ainda terminou duas horas antes do previsto. Em consenso, os vereadores finalizaram mais cedo os trabalhos para participarem do enterro de Felipe Augusto Santos Fontes, encontrado morto nesta segunda sob uma ponte que dá acesso ao povoado Campo do Crioulo, no município lagartense.

A sessão só pôde ser aberta às 9h15, 15 minutos depois do estipulado pelo regimento interno, por conta da ausência de vereadores no plenário. Assim que a bancada da casa foi formada por seis vereadores, um terço do número total, 17, foi dado início à sessão com a quantidade mínima de legisladores.

Se encontravam no plenário permitindo o início dos trabalhos: o presidente Fraga da Brasília (PSDB), Enilton da Farmácia (PMDB) e Marta da Dengue (PP), completando a mesa diretora, Cláudio de Dona Leu (PP), Fábio Frank (PCdoB) e Pedrinho da Telergipe (PR). Após iniciada a sessão, Joselmo de Antônio Simões (PSC), Washington da Mariquita (PTB), George de Zizi (PDT), Adson do Leite (PV), Valmir de Carminho (PV), Kléber de João Maratá (PRTB) e Gilberto da Farinha (PP) chegaram ao plenário, completando os 13 vereadores que estiveram presentes nesta terça.

Os faltosos foram Carlos da Brasília (SDD), Xexeu (PSD) e Érico Menezes (PSDB). Eraldo da Carmelita (PMDB) se encontra de licença médica e a previsão da sua volta é dentro de quatro meses. Não foi lida nenhuma justificativa para as faltas dos três vereadores.

Apesar do número de vereadores acompanhando a sessão ser suficiente para votação, nenhum projeto de lei ou requerimento foi discutido ou votado nesta terça. A sessão terminou por volta de 10h15, aproximadamente duas horas antes do horário previsto, que gira em torno do meio-dia, após três horas de sessão, como é comum ocorrer na câmara de Lagarto.

Os vereadores entraram em acordo para a finalização dos trabalhos de hoje para acompanhar um enterro marcado para 10h no Cemitério Nosso Senhor do Bomfim, no centro de Lagarto. O jovem Felipe Augusto, de 21 anos, teve seu sepultamento acompanhado por familiares, amigos e populares.

Grande expediente
Mesmo não tendo muito tempo para discursos na tribuna da casa, alguns vereadores fizeram uso da palavra no grande expediente. Pedrinho da Telergipe, quem primeiro utilizou o púlpito, Fábio Frank e Cláudio de Dona discursaram para vereadores e o pouco público.

O principal tema debatido pelos legisladores foi a implantação de um prédio para a câmara municipal. Pedrinho revelou que um profissional se dispôs a ajudar na iniciativa. "Eu consegui um doador para elaborar o projeto da câmara de vereadores", disse. O vereador solicitou ao presidente da casa a viabilização do terreno para construção da nova sede do órgão.

"Entra presidente, sai presidente, e ninguém viabiliza a melhoria da casa para a população", criticou Pedrinho. De acordo com ele, a câmara funciona no atual prédio há mais de 30 anos, mas agora está incapaz de receber sessões por conta do aumento da população e do número de vereadores.

Segurança
O homicídio do jovem Felipe Augusto, enterrado na manhã de hoje, e uma tentativa de assalto que acabou com um marchante baleado na feira livre de Lagarto renderam comentários dos vereadores. Críticas à segurança pública foram as principais falas.

Em aparte, o presidente Fraga lamentou a situação encontrada no povoado onde mora: "Segurança em Lagarto está zero. No povoado Brasília temos uma delegacia há seis anos fechada". Fraga responsabilizou a atual gestão do Governo do Estado pelo fechamento da unidade policial em sua comunidade.

Para ilustrar a situação, Fábio Frank lembrou o homicídio de Felipe Augusto. Já Pedrinho citou o assalto a um marchante nesta segunda. "A segurança pública chegou ao fundo do poço. A feira de Lagarto não tem um policial", disse. Já para este problema, Valmir sugeriu ronda na região da Praça do Tanque Grande no horário que funciona a feira livre do município.

A próxima sessão da câmara de Lagarto está marcada para quinta-feira (28) no horário regimentar, às 9h.