O prefeito de Simão Dias, Marival Santana (PSC), usou o espaço da 103 FM, no programa A Hora da Verdade, apresentado por George Magalhães, na manhã de hoje (2), para rebater questionamentos de vereadores sobre contrato firmado entre prefeitura e a Fundação Evangélica Restaurar.

Assim que iniciou a entrevista, George tratou de lembrar que o vereador Fábio Rabelo (PMDB) questionou o município quanto à fundação que, segundo averiguações jornalísticas feitas pelo radialista Geraldo Macêdo, da Tropical FM, não teria sede no estado da Bahia.

Mas, de acordo com Marival, a fundação tem sede sim e fica numa faculdade do município de Valença, na Bahia. Além do mais, o prefeito listou outras cidades de Sergipe que firmaram convênios com a Restaurar, como, por exemplo, Tobias Barreto, Laranjeiras e Frei Paulo.

De acordo com Marival, a fundação foi contratada para dar excelência aos serviços prestados na saúde, lazer e na área social no município. O prefeito enumerou alguns eventos recentes como Dia das Crianças, Outubro Rosa e Novembro Azul, além de qualificar servidores em cursos em Recife (PE).

Segundo Marival, a fundação dispõe de serviço médico, enfermeiro, agente de endemia entre outros. "Antes havia quatro equipes no Programa de Saúde da Família, hoje existem dez", informou o prefeito.

"Os vereadores fazem um trabalho que, em parte, devemos parabenizar que é fazer qualquer tipo de pergunta e fiscalizar. Mas não concordo com a forma que está sendo feito. Fizemos um chamamento público [para o convênio]. No primeiro, não apareceu nenhum. No segundo, apareceu a fundação, que atendeu todos os requisitos", esclareceu o prefeito.

Para Marival, os questionamentos feitos pela oposição na câmara municipal podem ter relação com o bom trabalho desempenhado pela atual gestão do município. "Salários em dia, cumprimento do piso dos professores, piso dos agentes de saúde. Isso leva a transparência pela forma como a gente vem fazendo, com o zelo com o dinheiro público", disse.

O vereador Fábio Rabelo também participou do debate e, segundo ele, o prefeito não respondeu aos questionamentos. Ele afirmou que Marival deixou de dizer quantas pessoas prestam serviço para a fundação.

"As pessoas que estão trabalhando para a fundação eram contratadas. Os CCs foram transferidos para a Fundação Restaurar", afirmou o vereador. As informações são de que o convênio gira em torno de R$ 3 milhões.

Perguntado sobre nepotismo em seu governo, Marival descartou o problema. Segundo ele, há sobrinhos em uma empresa que presta serviço ao município desde 2000, ou seja, em outras gestões. Além do mais, segundo ele, a empresa ganhou licitação com valores abaixo do que ela trabalhava em administrações anteriores.