Trio é condenado por esquartejar homem em Aquidabã

24/09/2015 às
Os três réus: homicídio qualificado e ocultação de cadáver (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Em sessão de julgamento que finalizou na madrugada desta quinta-feira, 24, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Aquidabã condenou três pessoas, entre elas a própria sobrinha da vítima, pelo assassinato e esquartejamento de Wellington da Silva, conhecido como Orelhinha, crime ocorrido em agosto de 2013 naquele município.

Ao final, o juiz Raphael Silva Reis, que presidiu o júri, anunciou a sentença estabelecendo pena de 21 anos e oito meses de reclusão para Maria Franciele Silva, sobrinha da vítima, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. E de um ano de reclusão por ocultação de cadáver aos réus Carlos André Barros dos Santos e Manoel Pereira dos Santos.

De acordo com os autos, Maria Franciele negou participação no crime e responsabilizou o namorado, identificado como Luiz Carlos Santos, conhecido como Cacalo, que não foi julgado por estar foragido. Na época, Franciele abandonou a casa onde residia. No imóvel, durante as investigações, a polícia encontrou um colchão queimado com resíduos de substância assemelhada a sangue, conforme os autos.

O promotor de justiça Rafael Schwez Kurkowski atuou para acusar o trio, entendendo que o crime teria sido praticado por motivo torpe com emprego cruel e mediante recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa. Ao final, o promotor destacou como positivo o julgamento. Para ele, “um veredicto à altura das suas consequências”.

Os advogados Tenisson dos Santos e Erick Dias Antunes atuaram na defesa de Franciele, enquanto o advogado Manoel Pereira Júnior defendeu os interesses do réu Manoel Pereira dos Santos e o advogado Eduardo Gomes Ribeiro na defesa de Carlos André. Os advogados de defesa devem recorrer da sentença.

Desaparecimento

A polícia foi comunicada sobre o desaparecimento de Orelhinha no dia 2 de agosto de 2013. No dia 19 daquele mesmo mês e ano, a comunidade encontrou os restos mortais da vítima dentro de um saco plástico em um campo no Conjunto Eurico Filho, na cidade de Aquidabã.

As investigações da polícia chegaram ao trio e constatou que o corpo de Orelhinha foi enterrado no quintal da residência de Franciele, que, devido ao mau cheiro, teria solicitado apoio dos dois outros réus para desenterrá-lo, esquartejá-lo e retirá-lo do imóvel. Testemunhas observaram que o saco plástico que continha os restos mortais de Orelhinha teria sido abandonado por homens ocupantes de um Gol.