Última noite do Forró Caju 2025 reúne multidão para celebrar os ritmos genuinamente nordestinos

30/06/2025 às 11:02:08
Fotos: Ronald Almeida/SecomPMA

Em clima de despedida, a noite de São Pedro marcou o encerramento do Forró Caju 2025 neste domingo, 29, com uma mistura de chuva e animação que não desanimou o público presente. A última noite de festa reuniu milhares de forrozeiros na Praça dos Mercados, embalados por uma programação intensa no Palco Luiz Gonzaga, com shows da Banda Calcinha Preta, Henry Freitas, Heitor Costa, Sergival, Mulheres Perdidas e Samyra Show, encerrando com grande estilo os 20 dias de celebração junina.

O cantor Sergival foi o responsável por abrir a noite com o show ‘Sergival Sergipano’. “É um espetáculo mesclado em sua grande maioria de músicas dos nossos artistas sergipanos, os nossos forrozeiros, como Erivaldo de Carira, Zé Rosendo e Marluce, Xote Baião e muitos outros. E também, claro, os grandes clássicos do nosso forró pé de serra, dos nossos mestres, que são as nossas referências. Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, Anastácia e muito mais”, disse o artista. Sergival também valorizou o espaço dado aos talentos locais na programação. “A gente agradece a gestão por nos convidar para participar desse evento que se tornou um dos maiores do Brasil. E esse ano em particular, fico muito feliz de estar de volta a esse palco e principalmente na noite de São Pedro”, salientou.

A banda Mulheres Perdidas subiu ao palco logo em seguida, trazendo uma apresentação marcada por grandes sucessos do forró romântico. Formado pelos cantores Cláudio Livier, Bruno Diau e Kin Santanna, o grupo sergipano celebrou o momento especial de cantar em casa. “A representatividade que a Mulheres Perdidas tem hoje no cenário musical sergipano e no forró é de se orgulhar. A gente leva as cores da bandeira de Sergipe pra fora e estar em casa, cantar pra gente que é de casa, faz toda a diferença. Faz com que a gente crie esse combustível pra poder conseguir voltar a fazer os nossos shows”, pontuou Bruno Diau. O artista ainda reforçou que, em qualquer show da banda, não podem faltar os clássicos “O Vento Levou”, “Declaração de Amor”, “Decisão” e “Pare e Pense”.

Com uma voz potente e cheia de personalidade, Samyra Show levou ao público um repertório recheado de sucessos que marcaram seus mais de 20 anos de carreira. Antes de se apresentar, a cantora fez questão de declarar seu carinho por Aracaju e relembrou um vídeo que viralizou em um de seus shows na capital, no qual abordou a falta de reconhecimento enfrentada pelas mulheres na música, assunto que ela segue tratando com firmeza. “Naquele momento eu falei algo que realmente está no meu coração, que eu vivo todos os dias, todos os dias acredito para quem é mulher. É uma batalha tendo que provar, tendo que dizer que a gente é capaz de ser. Então, assim, o que eu falei ali era o que estava entalado no meu coração. E para dar essa força para as mulheres que estão começando ou que têm uma carreira independente, seja ela em qualquer profissão, para não desistir, correr atrás e mostrar que a gente pode ser o que a gente quiser”, salientou.

O cantor Henry Freitas também foi uma das atrações da noite e não decepcionou o público que aguardava com expectativa na Praça dos Mercados. Em sua segunda participação no Forró Caju, o artista falou sobre sua carreira e relembrou sua última apresentação no evento. “O ano passado foi um ano meteórico, ano do projeto Terapia, do ano passado pra cá, a gente tem trabalhado o máximo. Eu quero ficar pelo menos mais 10 anos vivendo o momento que a gente vive hoje. A gente deve muito isso à galera que está comigo, aos fãs também. Tudo que a gente lançou do ano passado pra cá tem sido sucesso”, disse, destacando ainda as influências que marcam seus shows. “Minha mistura musical me ajuda muito, porque o meu público que vai para os meus shows já está acostumado. A gente canta Luiz, canta Elba, canta Dominguinhos, canta Terapia, canta de amor, um pouco de tudo. Aquela mistura boa que a galera gosta”, completou.

Com um repertório que evidenciou sua força atemporal, a banda Calcinha Preta emocionou o público ao apresentar uma sequência de sucessos que atravessam gerações. Tocando em casa, os integrantes celebraram o carinho do público sergipano. “A gente está muito feliz. A gente toca no Brasil inteiro, mas estar em casa tem um gostinho mais saboroso”, afirmou Bell Oliver. Para Ohara Ravick, a energia dos fãs é um estímulo constante. “Nosso público é muito fiel e com certeza eles não iriam perder hoje à noite, porque estamos com um show lindo que relembra muitos sucessos. A gente está trazendo um espetáculo bem legal nesse São João”, pontuou. Silvânia Aquino destacou o desafio de se adaptar sem perder a essência. “É um processo, mas a gente precisa se reinventar, acompanhar o que está no mercado, a tecnologia avançada, que todo dia tem uma coisa nova. Mas o que Calcinha Preta não pode mudar nunca é a forma de cantar, são as nossas músicas românticas. Por isso o nome ‘Atemporal’, algo que ninguém vai esquecer nunca.” Com uma agenda intensa, Daniel Diau ressaltou a importância do momento. “São 42 shows nesse mês e, para a gente, é gratificante. É uma grande honra estar em casa".

Heitor Costa foi o encarregado de encerrar a programação do Forró Caju 2025. Destaque na nova geração do arrocha, o jovem cantor é um fenômeno de popularidade em todo o Nordeste, com músicas que misturam romantismo e batidas envolventes, conquistando uma legião de fãs e projeção nacional. Antes de subir ao palco, Heitor relembrou com emoção sua trajetória e a relação com Aracaju, cidade onde iniciou a carreira e ganhou visibilidade no cenário musical. “Fico muito feliz de estar de volta aqui na minha cidade, essa cidade onde abraçou o meu trabalho e é sempre um prazer cantar com esse público do Forró Caju. Vamos fazer um showzão”, concluiu.
 

 

Fonte: PMA