
“Aqui não tem cabresto: não devo nada a ninguém e não coloco sujeira debaixo do tapete”, afirma Ricardo Vasconcelos sobre instalação de CPIs na CMA

Durante sessão na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta terça-feira, 9 de setembro, o presidente da Casa, vereador Ricardo Vasconcelos (PSD), fez um pronunciamento contundente em defesa da boa política e da atuação firme do Legislativo no processo de fiscalização. O parlamentar destacou a importância de combater práticas da chamada “velha política”.
“Os tempos mudaram, os ventos mudaram. O povo não merece práticas da má política. O povo precisa de homens e mulheres que realmente sejam honestos, que tratem a coisa pública com compromisso e lealdade”, afirmou Vasconcelos.
O presidente da CMA rebateu críticas do ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, à abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara, que investigam possíveis irregularidades na gestão passada. Em entrevista, Edvaldo afirmou que as CPIs teriam caráter eleitoral. Vasconcelos lembrou, porém, que o dever constitucional dos vereadores é fiscalizar.
“Dizer que uma CPI não vai dar em nada é, no mínimo, desrespeitar o trabalho desta Casa. Se não há nada a esconder, então a CPI será o maior atestado de honestidade. Agora, se houve erro, cabe reparar com o dinheiro público. A Câmara não pode se calar”, ressaltou.
O vereador ainda lembrou que, em outros momentos, houve resistência à abertura de investigações e reafirmou que não aceitará interferências externas para barrar o trabalho dos parlamentares. “Aqui não tem cabresto. Não devo nada a ninguém e não coloco sujeira debaixo do tapete. Quem errou vai ter que responder”, acrescentou.
Independência do Parlamento
Ricardo Vasconcelos também frisou que a Câmara não pode ser silenciada por pressões políticas. “Nossa atuação é clara: legislar e fiscalizar. A CPI é um instrumento legítimo e necessário para dar respostas à sociedade. Não se trata de perseguição política, mas de compromisso com Aracaju”, enfatizou.
Segundo ele, a tentativa de reduzir o trabalho parlamentar a disputas eleitorais é uma forma de enfraquecer a independência da Casa. “Toda vez que tentarem criar cortina de fumaça para enganar o povo, terão resposta à altura. O tempo da enganação acabou”, declarou.
Compromisso com a população
Encerrando seu pronunciamento, o presidente da CMA garantiu que a Câmara continuará firme no seu papel de fiscalização e defesa do interesse público. “Nós não temos medo. O compromisso é com o povo simples, com as pessoas de bem que acreditam na política como ferramenta de transformação. Essa Casa seguirá honrando a confiança que recebeu das urnas”, concluiu.
Fonte: CMA
