Jovens participam de aula inaugural do projeto “Japaratuba em Rede”

02/03/2015 às

Teve início na manhã da última sexta-feira (27), o projeto “Japaratuba em Rede: Juventude, Cultura e Cadeias Produtivas”, elaborado pelo Instituto Banese e contemplado na seleção pública do programa “ Integração Petrobras Comunidades Nordeste”. A aula inaugural ocorreu na Câmara Municipal de Vereadores, a partir das 8h, envolvendo os 70 jovens selecionados para participar da iniciativa.

 

 Durante a abertura do evento, os representantes da prefeitura – grande apoiadora do projeto no município, através das Secretarias de Juventude, Esporte e Lazer, e Cultura – deram boas-vindas aos presentes, agradecendo pela credibilidade e confiança, depositadas na cidade. “É com grande satisfação que recebemos os membros do Instituto Banese em Japaratuba. Não temos dúvidas de que esse projeto será um divisor de águas à cultura do nosso município”, enalteceu Zailton Ferreira, diretor de Cultura.

 

Compartilhando da mesma opinião, o secretário de Juventude, Tiago Nascimento, sugeriu aos selecionados extraírem do projeto o máximo de conhecimento, possível. “É uma grande oportunidade para vocês, que são o futuro de Japaratuba. Chegou o momento de criarmos uma identidade cultural à cidade, a partir das ideias de vocês, aprimorando a defesa do nosso patrimônio. Ficamos imensamente felizes por envolver jovens da sede e dos povoados em um projeto tão importante”, destacou Tiago.

 

Entusiasmado com a receptividade, o diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese, Marcelo Rangel, também deu boas-vindas aos selecionados, enfatizando que o projeto começa a ser colocado em prática a partir dessa fase. “Agora é mão na massa. Começar as ações mesmo, gerando produtos por meio das oficinas. Vamos pensar no que podemos idealizar, vamos criar essa linha, esse selo de comercialização e divulgar Japaratuba, ampliando as habilidades dos jovens e valorizando o patrimônio cultural da cidade”, salientou.

 

Na oportunidade Marcelo também esclareceu porque o número de selecionados foi ampliado. “Selecionamos 70 jovens porque no processo natural alguns podem desistir. Na realidade são 50, mas optamos por chamar mais para ver o envolvimento das pessoas, já que elas precisam querer. O número superou nossas expectativas, tornando-se uma tarefa difícil. Conheço Japaratuba e sei que existem muitos jovens interessados, criativos e participativos. E quando olhamos a quantidade de manifestações que a cidade têm, sabemos que a maior parte é feita por essa juventude”, frisou.

 

 

Oficinas – A primeira atividade desenvolvida com os participantes é a oficina de ‘Mapeamento de Identidades Culturais e Diagnósticos Participativos’. Apresentada na aula inaugural, ela é ministrada pela professora Drª. Maria Augusta Mundim Vargas, que possui vasta experiência na avaliação de aspectos culturais, e será a partir desta etapa de mapeamento que os jovens irão construir uma cartografia cultural de Japaratuba, reunindo referências das comunidades. Um momento que permitirá a integração dos selecionados com a equipe coordenadora do projeto.

 

“Vamos detectar o diagnóstico da cultura da cidade. A partir dele é que a gente começa a desenhar as oficinas que vão gerar os produtos, criados pelos jovens. A orientação será da professora Germana Araújo, do curso de Design da UFS. Ela não vai criar, mas vai conduzir o processo junto com os alunos. É uma ampliação das habilidades das pessoas porque a gente quer que elas fortaleçam suas criatividades e as apliquem em outras áreas, até mesmo no empreendedorismo, porque contamos com o SEBRAE”, detalhou.

 

Expectativa – Representando a empresa patrocinadora do projeto - a Petrobras - no evento, o gerente de comunicação, Luiz Roberto Santana, declarou que existe grande expectativa para que o projeto seja bem executado. “E a gente tem certeza de que será porque o Instituto Banese está muito bem preparado para isso, com pessoas competentes à frente. Esperamos que o grande objetivo seja atingido, que é trazer essa possibilidade de preservar e de contribuir com a melhoria da cultura de Japaratuba”, afirmou.

 

Roberto ressaltou ainda que quando entidades públicas e privadas se reúnem em prol de um bem comum, as idealizações são concretizadas. “Japaratuba tem importância muito grande na cadeia produtiva de petróleo do estado e tem importância muito grande à própria Petrobras, enquanto município onde a gente mantém as nossas atividades. Quando o projeto do instituto, muito bem elaborado, foi selecionado, conjugou as duas coisas: um projeto elaborado por um instituto de respeito e uma cidade em que a gente também tem interesse de estar promovendo as nossas ações de responsabilidade social”, salientou, continuando.

 

 

 

“As coisas se uniram de forma perfeita, tendo a Petrobras como patrocinadora, o instituto como organizador a prefeitura como apoiadora, e mostrando que, quando existe união, as coisas acontecem. O grande objetivo é extrair daqui uma cartografia cultural rica, que vai ajudar a preservar o patrimônio cultural de Japaratuba, que é belíssimo e riquíssimo. Isso só vai trazer benefício à própria comunidade, fomentando, inclusive, a questão econômica dentro da cultura porque você gera riqueza para a cidade, através da sua diversidade cultural”, concluiu.

Quem foi selecionado pelo projeto também deposita na oportunidade grandes expectativas. É o caso do japaratubense, Felipe Pereira. “Vejo como uma oportunidade de fazer acontecer a cultura de Japaratuba que, apesar de se manter viva, precisa de uma injeção de ânimo, com novas ideias e incentivos, numa visão ampla em Sergipe. Como sou graduando do curso de História da Universidade Federal, enxergo a oportunidade como uma forma de agregar conhecimento”, celebrou o universitário.