Aracaju: Moradores denunciam contas exorbitantes de água e luz
Moradores do conjunto habitacional Vitória da Resistência, situado no bairro Lamarão, reclamam dos altos valores cobrados pela Energisa e Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) nas contas de luz e água. Eles relatam que as cobranças são exorbitantes e que existe morador que recebeu conta de R$ 1.000. A reivindicação dos residentes é que a situação seja normalizada e o problema solucionado junto às empresas.
"A minha conta veio cobrando R$ 237 de água e R$ 96 de luz, mas quando eu morava em uma casa alugada aqui mesmo no Lamarão, eu pagava R$ 22 para a Deso e R$ 9 para a Energisa. Não tenho condições de pagar isso. O jeito é deixar cortar", alega o servente André Vieira, que ainda complementa: "com esses valores cobrados dava para tirar um consórcio de um carro novo".
José Rivaldo Dantas também reclama das faturas e conta que está desempregado e não tem condições de pagar as contas, pois só sua esposa está trabalhando. "É um absurdo. Estão botando que gastei 14 mil litros de água em 20 dias. Quando pego o talão, me pergunto 'onde vou arranjar dinheiro pelo amor de Deus?'", questiona.
Contas demonstram valores altos
Dependente apenas do valor do Bolsa Família referente aos quatro filhos que tem, a manicure Maria Fabricia Figueiredo disse que ficou surpresa ao receber as contas. Ela conta que mora há apenas um mês no conjunto, e que antes gastava apenas R$ 50 para pagar água e luz. Suas últimas contas foram de R$ 378.
Para solucionar a situação, Maria Fabricia e mais dois moradores formaram uma comissão e vão, junto com a Deso ainda hoje resolver a situação. Com relação a Energisa, o caso vai ser resolvido com todos no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do bairro.
Prefeitura
A coordenadora do projeto social que compreende o conjunto Vitória da Resistência, Aires Gois, relata que a prefeitura entregou as chaves das casas no dia 8 de setembro, e que, a partir de então, a responsabilidade das contas de água e luz ficou por conta dos moradores. Ela relata que estes têm que procurar a Deso e a Energisa para resolver a situação. “O problema está grave. Isso é desvio da Deso e da Energisa e o valor está exorbitante. Nossa orientação é que procurem as empresas”, afirma.













