Lixos e entulhos em Lagarto chamam atenção dos vereadores
Os terrenos baldios espalhados pelo município de Lagarto estão sendo motivo de preocupação por parte dos vereadores. Na sessão desta quinta-feira (18) na Câmara Municipal os legisladores relataram os problemas decorrentes da falta de cuidado de alguns proprietários, que acaba transformando esses terrenos em locais impróprios para o depósito de lixo.
Um dos locais postos em discussão foi uma travessa da Rua Laranjeiras, entre o Centro e o Ademar de Carvalho. Pedrinho da Telergipe (PR), vereador que levou a discussão ao plenário da casa, informou que uma grande quantidade de lixo a céu aberto toma boa parte da calçada. Ele mostrou fotos de outro problema, as sobras no matadouro, de onde, segundo ele, está exalado um odor insuportável para a população que reside nas proximidades.
Quanto ao montante de lixo na região da Rua Laranjeiras, Valmir de Carminho (PV) deu uma hipótese sobre o problema. Ele afirmou que populares estão jogando o lixo na hora errada, já que há caminhão de coleta na região e faz o trabalho em horários fixados pelo município. "Ali tem o carro que passa e pega, mas à tarde o povo vai e joga o lixo de novo", disse.
Para conter o problema, principalmente em terrenos sem nenhuma construção, Kléber de João Maratá (PRTB) sugeriu a criação de normatização com punição através de multas para aqueles que insistem em não respeitar o local adequado e também não se atentam para o horário de coleta. Joselmo de Antônio Simões (PSC), em aparte, disse preferir um trabalho educativo à cobrança de multa. "A gente tem que orientar. Ninguém vai aceitar [a cobrança de multas]", afirmou. Kléber replicou: "Mas quanto aos excessos, têm que se tomar providências".
Já Marta da Dengue (PP) aproximou seu discurso ao de Kléber. Ela entende que ações como a requisição de multa podem servir para amenizar o mau hábito. "Infelizmente só sentimos as coisas quando pesa no bolso", disse, considerando a multa um fator eficaz no combate ao problema.
Outra sugestão foi dada durante a discussão. Adson do Leite (PV) propôs especificar um lugar onde possam ser despejados os entulhos, já que são esses o principal lixo jogado em terrenos baldios. E, para impedir que os terrenos virem "lixões" em meio ao perímetro urbano, Cláudio de Dona Leu (PP) crer que ações dos próprios donos podem fazer efeito. O levantamento de muro é uma delas.
Os povoados também sofrem com as concentrações de lixo pelas vias, porém, segundo Gilberto da Farinha (PP), o povoado onde mora, Jenipapo, conseguiu se livrar de um por meio do trabalho de orientação e conscientização na comunidade. "Hoje acabou. Ninguém coloca o lixo mais. Todo mundo espera o carro de lixo", explicou. De acordo com ele, a coleta acontece três vezes por semana.
Requerimentos
Os requerimentos de convite e convocação para o uso da tribuna na Câmara Municipal de Lagarto têm se tornado polêmicos. Na última sessão, Pedrinho reclamou da rejeição por parte da mesa do seu requerimento que convocava a secretária municipal de educação, Islene Prata, a comparecer à casa e responder questionamentos dos vereadores.
Outro requerimento seu também foi rejeitado. Ele afirmou ter recebido com surpresa a notícia de que o coordenador do SINTESE em Lagarto, Nazon Barbosa, não compareceria ao plenário da câmara nesta quinta, como agendava seu requerimento, votado e aprovado em sessão. O argumento foi de que o documento não especificava o assunto a ser tratado pelo sindicalista.
Ele acredita que isso foi uma forma de impedir a participação de Nazon na sessão desta quinta. "Eu classifico isso como um desrespeito ao próprio Poder Legislativo. O requerimento foi votado e aprovado", disse. Mesmo assim o vereador informou que já está providenciando outro requerimento com os requisitos cobrados pela mesa diretora.
Kléber de João Maratá pediu mais concisão nos critérios adotados pela câmara para a permissão do uso da tribuna. Ele mesmo sugeriu a criação de normas para a elaboração de um requerimento do gênero. Ele acredita que com isso se venha evitar no futuro que uns possam comparecer, outros não.
Casa vazia
Já está se tornando costume neste segundo semestre que as sessões fiquem cada vez mais vazias de vereadores e público. Nesta quinta-feira a sessão mais uma vez foi iniciada com o mínimo de legisladores na casa: seis. Apenas Fraga da Brasília (PSDB), Enilton da Farmácia (PMDB), Marta, Pedrinho, Joselmo e Valmir estavam no plenário quando os trabalhos do dia foram iniciados, com alguns minutos de atraso, já que não havia número legal de vereadores para abertura da sessão.
Minutos depois, assim que a sessão começou, Gilberto, Fábio Frank (PCdoB), Kléber e Adson marcaram presença. Dos 17 vereadores da câmara, apenas dez compareceram à sessão desta quinta - Eraldo da Carmelita está de licença médica.
