O projeto de esgotamento sanitário de Malhador, distante 49 km de Aracaju, já começou a ser executado. E para que a população tome conhecimento dos detalhes da obra, bem como de sua importância e benefícios, a prefeitura realizou na última segunda-feira (24), um seminário sobre a temática. Reunindo toda a população, secretários municipais, funcionários da administração e representantes dos órgãos envolvidos com o projeto, o evento ocorreu no Centro Social São José, a partir das 14h.

Dando início aos trabalhos a prefeita do município, Elayne de Dedé, deu boas-vindas aos presentes e ressaltou sua satisfação por ver o espaço lotado. “Fico muito feliz com a quantidade de participantes neste seminário, principalmente porque esse projeto não é meu, mas de toda a comunidade. Que vocês sejam multiplicadores das informações aqui prestadas e que possam tirar suas dúvidas. Ainda assim. Quero salientar que este é apenas o primeiro encontro. Sempre estaremos à disposição de vocês para quaisquer esclarecimentos”, destacou a gestora.

Na oportunidade, Elayne enfatizou que, para ela, o plano só ganha importância quando concluído. “O momento que a empresa ganhou a licitação foi apenas um grande passo dado. Quando o sistema começar a funcionar é que darei o projeto como concluído. Daí sim veremos todas as nossas preocupações sanadas. O que não podemos é imaginar o problema antecipando as coisas e jogando nossos esforços ao vento. Adotem esse projeto comigo. É um filho que recebemos e que trará benefícios a longo prazo, Vamos confiar”, sublinhou a prefeita.

A gestora também destacou sua tranquilidade com relação à obra. “O plano não foi criado da minha cabeça. Teve todo um estudo, toda uma aprovação dos órgãos competentes e por isso tenho minha tranquilidade assegurada. Ele foi adequado para a atual situação do município e para que vocês saiam daqui com a consciência sossegada. Quero dizer que se fosse um projeto o qual viesse a prejudicar um único malhadorense, essa prefeita que vocês confiaram jamais iria correr atrás”, considerou, acrescentando.

“Quando vamos fazer uma obra macro, temos que pensar em tudo. E não podemos esquecer que apesar de ser um plano de 2007, só foi contemplado agora porque alguém teve coragem de tirar da gaveta. Se fosse fácil e se outros órgãos tivesse interesse, com certeza já teria sido colocado em prática. É preciso lembrar, ainda, que se existiam problemas, questões pontuais, foram resolvidos na adequação do projeto. O saneamento é algo grandioso que contempla 5 mil pessoas, ou seja toda a sede de Malhador. Por isso é preciso pensar além”, pontuou, finalizando.

Palestras - Na sequência, o representante da Funasa, Carlos Moura, órgão responsável pela fiscalização do projeto no município, ministrou a primeira palestra da tarde, detalhando pontos importantes da execução da obra de esgotamento sanitário. Logo após, foi a vez do engenheiro da administração municipal, Floro Alves conduzir o seminário. E o primeiro ponto abordado por ele foi a eficiência do sistema.

“Um dado muito importante é que nessa estação de tratamento vamos ter a eficiência de remoção de 70% de matéria orgânica danosa do esgoto. Ou seja, de tudo o que chega lá, será retirado 70% do que é ruim e 99,99% de clorofórmios fecais do nosso esgoto. Dentre as perguntas frequentes que surgem sobre o projeto é porque a prefeita Elayne foi buscar R$7 milhões para o sistema de esgotamento e não para outra obra. A resposta é simples: porque o princípio dessa obra é diminuir a incidência de doenças por veiculação hídrica”, explicou, continuando.

“Se você diminui a incidência de vermes, melhora toda a atenção básica porque você terá um número menor de pessoas doentes. E se diminui o índice de pessoas doentes, melhora a qualidade de vida da população. E este não é o único benefício. Outros pontos de destaques são a melhoria no aspecto de limpeza da cidade, do Rio Pedra Lisa, e a valorização dos imóveis contemplados pela rede, porque as casas que terão rede de esgotos custarão mais. Todos esses benefícios virão junto com a conclusão da obra”, detalhou.

O engenheiro responsável pela fiscalização da obra apontou, também, os benefícios temporários da mesma. “A geração de empregos direto e indireto é a primeira, uma vez que a própria construtora optou contratação de profissionais do nosso município. O aquecimento do comércio local é outro benefício temporário porque muitas pessoas estão residindo aqui para a execução da obra. Além disso, temos a qualificação da mão-de-obra envolvida. Por isso, quero lembrar que nunca podemos pensar nos transtornos sem lembrar os benefícios”, salientou. Antes de encerrar sua fala, Floro relatou quais foram os critérios para escolha da área onde será construída a estação de tratamento e apontou como a população poderá contribuir com a obra. “Os malhadorenses são os maiores beneficiados com a obra, que dura basicamente 12 meses, então é preciso que vocês colaborem da seguinte forma: primeiro com compreensão e paciência. Segundo, permitindo que a ligação domiciliar seja feita. Então quando a empresa for fazer as caixinhas nas calçadas, o morador precisa permitir que ela ligue o esgoto na caixinha. Lembrando que não haverá custos para o morador”, concluiu.

Após as palestras foi aberto debate com os presentes e os palestrantes responderam diversos questionamentos. Ao final, a prefeita Elayne agradeceu a presença de todos e convidou os participantes para um momento de confraternização, ocorrido no próprio espaço.

Elogio - Quem participou do evento elogiou a iniciativa da gestão municipal. É o caso da malhadorense, Anízia Maria Costa Santos. “A prefeita Elayne foi muito feliz quando idealizou um encontro com a população para explicar o projeto do esgotamento sanitário. Os moradores ansiavam por este momento, pelos esclarecimentos, até porque muitas dúvidas foram sanadas. Sabemos que é um projeto de fundamental importância, visto que a cidade possui atualmente um número significativo de moradores”, disse a senhora, continuando.

“Já estava mais do que na hora de um gestor tomar à frente e colocar um projeto como esse em prática, e a prefeita teve essa iniciativa. Neste momento, nós moradores, precisamos ser compreensivos e entender que toda grande obra gera alguns transtornos, mas são momentâneos. O mais importante é o resultado final, que é a saúde das pessoas”, salientou a orientadora educacional.