Mais um capítulo da novela “candidatura de Sukita” foi ao ar nessa quarta-feira. O pedido do ex-prefeito de Capela foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral, após recurso da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/SE). O pleno do TER, em decisão unânime, considerou válida a renúncia do candidato apresentada ao Tribunal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Para entender o enredo dessa história é preciso voltar um pouco os capítulos. No dia 09 de agosto, o partido apresentou um termo de renúncia assinado por Manoel Sukita

E por duas testemunhas. No mesmo dia, o candidato apresentou um pedido para retirar a denúncia, alegando que o documento apresentado mais cedo não representava a vontade dele.

Apesar de no início o TRE ter acolhido o pedido de Sukita e ter dado continuidade ao processo de registro da candidatura, a Procuradoria Regional Eleitoral alegou que a renúncia apresentada pelo partido seguia as regras legais, enquanto a retratação da renúncia foi apresentada após o prazo final para pedidos de registro de candidatura. O argumento foi acolhido pelo Tribunal e, ao que tudo indica, esse foi mesmo o capítulo final da história.

NOTAS

CAPÍTULO EXTRA I

O PSB agora ajuizará uma ação contra o ex-prefeito Manoel Sukita para mostrar que o partido não falsificou nem fraudou o documento assinado por ele no qual renuncia à candidatura de deputado estadual. A informação foi confirmada pelo secretário geral do PSB, Jorge Rabelo, que já marcou reunião de diretoria para analisar os procedimentos judiciais que o partido adotará contra o ex-prefeito. "Ele (Sukita) tem que provar que houve fraude", desafia Rabelo. Segundo ele, as duas partes fizeram um acordo pela renúncia de candidatura caso Sukita voltasse a ser preso. O secretário geral informou que o ex-prefeito e o PSB fizeram um acordo pela renúncia de candidatura caso Sukita voltasse a ser preso por determinação judicial.

CAPÍTULO EXTRA II

Segundo Rabelo, Sukita assinou o documento, sem precisar a data, no mesmo dia que o partido aprovou a indicação dele para substituir o irmão João Batista Santos.

E, conforme o secretário geral, no mesmo dia que ele foi preso novamente (9 de agosto), o PSB apenas teria cumprido o acordo ao protocolar o pedido de renúncia junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "No dia que o nome dele foi aprovado, ele assinou o documento se comprometendo em renunciar a candidatura caso ele voltasse a ser preso ou se ocorresse algo que manchasse o partido e deixou a data em branco. Quando ele foi preso novamente, o espaço da data foi preenchido de caneta e protocolado no TRE", informou Rabelo.

PASSE LIVRO

O deputado Valadares Filho (PSB-SE) apresentou, hoje (03/09), projeto de lei que institui o passe livre estudantil que beneficiará estudantes matriculados em instituições públicas ou privadas de ensino, abrangendo da educação infantil ao ensino superior. Para o parlamentar sergipano, ficou claro, durante as manifestações que ocorreram em junho do ano passado, que os problemas do transporte público devem ser tratados pelas autoridades públicas como prioridade. O transporte público no Brasil é deficiente e custa caro. “Atualmente milhões de brasileiros não têm acesso ao sistema de transporte por não conseguirem pagar a tarifa”.