Desde que a Justiça de Sergipe absolveu os acusados de fraudar processos licitatórios ligados à coleta de lixo em Aracaju — investigação que deu origem à operação Torre de Babel, coordenada pela delegada Danielle Garcia —, o caso tem gerado repercussão intensa na imprensa local. A situação ganhou novos contornos após o ex-governador Jackson Barreto comentar o desfecho do processo em suas redes sociais, levantando questionamentos sobre a conduta da delegada enquanto servidora pública e sugerindo possíveis motivações políticas em sua atuação à frente da investigação. Os dois têm protagonizado uma troca de farpas pública, principalmente por meio de entrevistas em programas de rádio. 

Troca de farpas entre Danielle e Jackson II

Danielle Garcia não poupou críticas, afirmando que Jackson foi “o pior governador da história de Sergipe” e sugerindo que ele deveria aproveitar os anos que lhe restam para “curtir, viajar, namorar e fazer coisas boas da vida”. Jackson, por sua vez, reagiu. Acusou a delegada de ter usado a DEOTAP para construir seu caminho político e chegou a compará-la ao ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro. Também rebateu as sugestões da delegada: “Quem tem legitimidade para dar conselhos sou eu, que tenho uma vida pública vitoriosa”, afirmou. O embate, recheado de indiretas e ironias, parece estar longe de acabar. Uma coisa é certa: enquanto o assunto continuar em pauta, os “elogios” trocados entre os dois devem seguir rendendo manchetes na impresa sergipana.