“Um bom acordo é melhor do que uma ótima sentença”, diz presidente da Câmara de Propriá sobre greve dos professores
José Aelson (Aelson Publicidade), presidente da Câmara
José Aelson (Aelson Publicidade), presidente da Câmara
Assessoria de Comunicação
21/09/2015 -

Durante sessão plenária nesta última quinta-feira, 17, na Câmara de Vereadores de Propriá, o presidente da Casa, José Aelson (Aelson Publicidade), destacou os prejuízos gerados pela paralisação dos professores da rede municipal de ensino. Há um mês, a categoria deflagrou greve para reivindicar soluções referentes ao atraso dos salários e à deficiência nas condições de trabalho, entre outros fatores. Para Aelson, as salas de aula vazias só agravam a situação, desgastando alunos, pais, professores e o próprio executivo.

“Qual é o resultado dessa greve se não tem dinheiro em caixa? Se o prefeito poderia ter utilizado R$ 1,5 e desviou para pagar outra coisa, devemos encontrar uma forma de puni-lo pelo seu erro, ver o que pode ser corrigido. Temos que tratar é de onde vêm os recursos e como serão pagos os salários dos professores, que já estão chegando a dois meses sem receber”, frisou o presidente, ressaltando que a crise econômica não afeta somente Propriá, mas o país inteiro. “O Governo Federal fica com 60% de todos os impostos, os municípios com 25% e os estados, que têm que bancar tudo, com somente 15%. Aprovaram uma lei Piso do Magistério, mas como vai complementar?”, questionou.

Aelson afirmou ainda que como representante do povo, critica e também dá sugestões. “O correto é que todo ensino público nos municípios seja federalizado. Essa luta aqui não resolve absolutamente nada. Digo sem medo de errar que isso está se transformando em greve política. Só se busca mobilização dentro da cidade. Se tivesse dinheiro em caixa, nós, vereadores, iríamos para a porta da prefeitura agora. O ideal é que a categoria busque seus direitos junto à Justiça. O sindicato é forte. Concordo que a proposta do prefeito de parcelamento em 10 vezes foi imoral, mas a categoria pode fazer uma contraproposta. O nada já tem”, destacou.

O vereador contou que chegou a dar sugestões e incentivou a classe, por exemplo, a firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura. “Poderia ser apresentada uma contraproposta para que a categoria recebesse uma parte agora e a outra até janeiro. Registro aqui que estou ao lado dos professores, mas peço em nome dessa Casa que a categoria reflita. A luta é justa, a causa é justa. Só não podemos deixar que isso se transforme em luta política. Vamos encontrar uma maneira de resolver sem mais desgastes. Se tem irregularidades, leva para a Justiça. É sentar com o prefeito e ver uma proposta digna, até porque a de parcelar em 10 vezes foi vergonhosa. Um bom acordo é melhor do que uma ótima sentença, pois todos saem ganhando. Quando se tem uma ótima sentença, só um ganha. Do jeito que as coisas vão, quem perde são os professores e a sociedade, infelizmente”, concluiu Aelson.

Segurança

Aelson Publicidade aproveitou o grande expediente também para parabenizar o Fórum de Discussão realizado por iniciativa do promotor de Justiça Antônio Fernandes. Participaram representantes do Ministério Público, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da SMTT, da Guarda Municipal, da Prefeitura, da Universidade Tiradentes (Unit), do IFS e das instituições financeiras Banese, Banco do Nordeste, CAIXA e Banco do Brasil, além do legislativo.

“A preocupação do promotor é exatamente a questão da segurança em Propriá. O que foi colocado não envolveu nenhuma parte política, e sim a segurança do cidadão. É um conjunto em prol da sociedade. Jorge, que representou a SMTT na reunião, já tem um projeto de monitoramento, que será melhorado. Todos farão as devidas colocações. Ficou determinado o prazo de 20 dias para registrar em documento. O coronel Ianderson, a SMTT, a Guarda Municipal e o delegado vão fazer um levantamento de todos os pontos vulneráveis de Propriá para que seja possível fazer o monitoramento e traçar estratégias de segurança”, informou Aelson.

O vereador reforçou que a sociedade precisa se organizar para combater a violência. “O que mais me chamou atenção é que se nós ficarmos de braços cruzados, esperando que o estado assuma seu papel e, mande policiais civis e aumente efetivo, vai demorar até resolvermos muitos problemas. A sociedade não pode esperar. Estou citando esse assunto da pauta para dar conhecimento à Casa Legislativa”, concluiu Aelson Publicidade, acrescentando que a próxima reunião ficou marcada para o dia 6 de outubro, quando haverá mais uma definição do projeto.