Abuso: Conselho Tutelar diz que meninas não voltam a SE
O caso ocorria no município de Itaporanga d'Ajuda (Foto: Portal Infonet)
O caso ocorria no município de Itaporanga d'Ajuda (Foto: Portal Infonet)
Portal Infonet
17/07/2014 -
O Conselho Tutelar de Alagoas afirmou que as meninas, vítimas de abuso sexual no município de Itaporanga D´Ajuda, não voltam mais para Sergipe. Uma determinação judicial garante que as crianças, que possuem idade entre 06 e 11 anos permaneçam no estado. As vítimas acusam a mãe de alugá-las para a exploração sexual.  Os abusos aconteciam há 8 meses em uma fazenda na região do Estado de Sergipe. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal de Alagoas. Suspeita de compactuar com o crime, a mãe ainda não foi presa. O padastro também permanece em liberdade.
 
Em depoimento, segundo informou o conselheiro Fernando da Silva, as crianças relataram que o local onde ocorria as torturas e abusos, era comandado pelo padastro, que teria sido o primeiro a violentá-las. “Os relatos são chocantes. A menina de seis anos relata que quase foi morta por asfixia e que já viu o padastro enterrar outras crianças no local onde elas eram levadas para abusos”, detalha.
 
Silva garantiu ainda, que as crianças não voltam mais para Sergipe, por estarem psicologicamente abaladas e por temer por suas vidas. “Devido à repercussão do caso em Sergipe, a gente teme pela segurança tanto das crianças quanto a dos conselheiros o tutelares. A informação que temos é de que o padastro é usuário de drogas, por isso, elas não voltam mais para Sergipe”, diz.
 
Polícia
 
O crime foi registrado na Polícia Federal de Alagoas, segundo informou Fernando Silva. “Fomos até a Polícia Federal e o delegado de plantão nos ouviu e disse que encaminharia o caso para a Polícia Federal de Sergipe”, conta.
 
Em Sergipe, a Polícia Federal disse que não foi informada ainda sobre o fato. Já a Delegada de Itaporanga, Mariana Amorim, infirmou que só teve conhecimento do caso através da imprensa. Afirmou ainda, que nenhuma queixa sobre o fato foi registrada na delegacia. “Estou há cinco meses na delegacia de Itaporanga e nada sobre esse caso foi registrado. Mas é preciso investigações, por isso, vou procurar saber com a polícia interestadual se eles tiveram conhecimento do fato e vamos tentar contato com a família”, garantiu a delegada.