Em ação conjunta entre a Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP), vinculada ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), e o Batalhão de Radiopatrulha (BPRp), dois integrantes de um grupo criminoso especializado em falsificações de documentos para aberturas de contas bancárias para aplicação de golpes foram presos nessa quinta-feira, 29. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 30.
De acordo com a delegada Suirá Paim, a DDCP foi acionada com a informação de que dois homens estavam utilizando documentos falsos para abertura de contas. “A fraude consistia na utilização de documentos, tanto públicos, quanto particulares, para abertura de contas e, posteriormente, contratação de produtos de crédito bancário variados”, explicou.
Com a abertura das contas, os integrantes do grupo criminoso passavam a atuar na obtenção de valores relativos a produtos de crédito, conforme acrescentou a delegada Suirá Paim. “Em dias posteriores, os integrantes do grupo criminoso retornavam à agência para a contratação e transferência dos valores para outras contas”, revelou.
Diante desse modo de atuação, já conforme a delegada Lauana Guedes, em duas datas de agosto eles foram à agência bancária e exibiram dois documentos de identidade com a mesma fotografia. “Nos dias 15 e 27 de agosto, um dos investigados usou documentos diferentes, conseguindo abrir duas contas bancárias em agências distintas”, relatou.
Assim que o banco detectou a fraude, bloqueou uma transferência de R$ 95.388,00, no dia 28 de agosto, assim como descreveu Lauana Guedes. “Com o bloqueio, os investigados foram forçados a comparecerem na agência para tentar realizar a transferência bancária. O funcionário segurou a carteira de identidade falsa e acionou a Polícia Civil”, detalhou.
Com o acionamento feito pela instituição bancária, as polícias Civil e Militar fizeram as prisões em flagrante dos dois investigados. “Eles praticaram falsidade ideológica, e tentativa de estelionato, além do estelionato anterior, que foi quando conseguiram consumar o ato, transferindo o valor para uma das contas do grupo”, complementou Lauana Guedes.
Ainda conforme a apuração policial, ambos os investigados já respondem a processos criminais por práticas cometidas com o mesmo modus operandi. “Os dois investigados são baianos, e um deles reside há pouco tempo em Aracaju, justamente o que estava fazendo o elo com demais integrantes do grupo”, complementou a delegada Lauana Guedes.
A DDCP atua agora em investigação para identificar as vítimas, ou seja, pessoas que tiveram seus dados utilizados para a prática da fraude. O banco também entrou no procedimento como vítima, pois teve que arcar com o prejuízo. “Assim como também para identificar os outros membros da associação criminosa”, mencionou a delegada Suirá Paim, ressaltando que eventuais vítimas podem registrar boletim de ocorrência.
A Polícia Civil solicita que informações e denúncias que possam contribuir com a apuração policial sobre a prática deste crime sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.
Fonte: SSP