ANA determina redução da vazão do Velho Chico
A vazão do rio São Francisco será reduzida para 900m³/s (Foto: arquivo Portal Infonet)
A vazão do rio São Francisco será reduzida para 900m³/s (Foto: arquivo Portal Infonet)
Ascom/Semarh
05/05/2015 -

A vazão do rio São Francisco será reduzida para 900m³/s. A medida é uma determinação da Agência Nacional de Águas (ANA), que visa ao armazemento de água nos reservatórios. O impacto dessa decisão para a população sergipana foi tema de discussão técnica, realizada nesta segunda-feira, 4, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), entre o secretário da pasta, Olivier Chagas, representantes da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Ibama.

Tal determinação tem o objetivo de elevar o volume de água armazenada nos reservatórios de Sobradinho e Três Marias. Com a redução da vazão é possível aumentar o volume de água armazenado nas barragens que são utilizados para a geração de energia. Em condições normais, a vazão do rio  tem sido mantida entre 1.100m³/s 1.300m³/s.

“É importante ressaltar que, recentemente, a vazão do rio será elevada para 1.500m³/s, entre os dias 4 e 8 de maio, para a execução do processo de difluência, apontado como solução para redução da proliferação da microalga fitolplanctônica responsável pela  mancha negra que se estendeu pelo São Francisco no último mês”, disse o superintendente de Recursos Hídricos Ailton Rocha.

O superintendente ainda explicou que, em razão dessa necessidade, a Chesf informa que a redução da vazão deve acontecer em um prazo de quatro semanas e de forma gradativa. “Inicialmente, a vazão será reduzida para 1.100m³/s, seguindo para 1.000m³/s, 950m³/s até chegar aos 900m³/s”.

O rio São Francisco é responsável por mais de 50% do abastecimento de água da população sergipana.  Presente na reunião, o diretor de operações da Deso, Sílvio Mucio fará a avaliação do impacto referente à relação entre cota/vazão. “Acreditamos que não haverá interferência na captação de água, mas precisamos mensurar a partir da relação para averiguar a necessidade de criação de um plano emergencial”.

“É preciso estabelecer um planejamento estratégico que possa minimizar os possíveis impactos.  Estamos disponibilizando uma equipe técnica para realizar o monitoramento desse cenário”, contou o secretário Olivier Chagas.