Carros-pipa da Defesa Civil não chegam há mais de um ano em Poço Redondo
A prefeitura de Poço Redondo vem mantendo 15 veículos para fazer a distribuição de água à população, mas não tem condições financeiras de arcar com toda a despesa sozinha
06/03/2017 -

O prefeito de Poço Redondo, Júnior Chagas denuncia que o município não vem recebendo água através dos 18 carros-pipa, da Defesa Civil Estadual há um ano e dois meses. De acordo com o gestor municipal, a prefeitura de Poço Redondo vem mantendo 15 veículos para fazer a distribuição de água à população, mas não tem condições financeiras de arcar com toda a despesa sozinha e cobra do Governo do Estado, mais ações de combate à seca.

 

“70% da nossa população reside no campo e depende da agricultura para sobreviver, mas, com a seca está cada dia mais difícil e o nosso povo está morrendo de fome e de sede. Desde janeiro de 2016, a Defesa Civil Estadual que matinha 18 carros-pipa distribuindo água suspendeu as atividades, ou seja, há um ano e dois meses o sertanejo não recebe uma gota de água do Governo. Venho cobrando e vejo que outras cidades do interior também passam por esta situação”, disse o prefeito.

 

Júnior Chagas destaca ainda que a Prefeitura de Poço Redondo vem fazendo o que pode para amenizar a seca, mas não é suficiente. “Somos um município pobre, com poucos recursos financeiros, mesmo assim, com toda a dificuldade, estamos mantendo 15 carros-pipa na cidade, o que não é suficiente para atender toda a demanda. Por isso, mais uma vez, peço ajuda ao Governo do Estado para amenizar os efeitos da estiagem. É inadmissível pessoas que residem às margens do São Francisco morrerem de sede”, acrescentou.

 

O coordenador da Defesa Civil Estadual, Coronel Mendes destacou que o Governo de Sergipe também passa por dificuldades financeiras, mas a falta de carros-pipa em Poo Redondo é de responsabilidade do Governo Federal. “Quem coordena a operação-pipa em Sergipe é o Governo Federal. Entendemos a situação difícil do sertanejo e da população dos 30 municípios em situação de emergência. Todos têm feito a sua parte; o governo e os prefeitos. Porém, em breve, com as ações mais efetivas, o Estado resolverá esses problemas”, frisou o coronel.