Comércio deve vender menos no Dia das Crianças, preveem CNDL e SPC Brasil
Foto: Ilustrativa
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Da Assessoria CNDL, com ASCOM CDL/Aracaju.
02/10/2014 -

Se a projeção se confirmar, lojistas devem registrar o crescimento mais tímido dos últimos cinco anos: expansão de apenas 1,5% sobre o ano de 2013

Os comerciantes estão menos confiantes com as vendas para o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12 de outubro.  Segundo projeção da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de vendas a prazo deve registrar crescimento de apenas 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Se a projeção dos lojistas se confirmar será o resultado mais fraco dos últimos cinco anos para o varejo. Desde 2010 o setor vem desacelerando o seu ritmo de crescimento. Nos anos anteriores, as expansões foram de 3,15% (2013), 4,83% (2012), 5,91% (2011) e de 8,5% (2010).

Em 2014, todas as datas comemorativas (com exceção da Páscoa), como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais, também apresentaram um desempenho inferior se comparado ao ano passado.  As quedas foram de 3,55%, 8,63% e de 5,09%, respectivamente.

Cenário menos otimista

Com a manutenção dos juros em patamares elevados e a alta da inflação, que corrói o poder de compra do trabalhador, a CNDL estima que as compras a vista e de valores menores devem ganhar mais espaço no Dia das Crianças deste ano.

Para Samuel Schuster, que preside a CDL/Aracaju, os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas. Ele afirma que os que optarem pelas compras a prazo vão dividi-las em menos prestações.

De acordo com Pellizzaro Júnior, Presidente da CNDL, o varejo já não conta com os mesmos fatores macroeconômicos que ajudaram a aquecer o setor nos anos anteriores, como os altos índices de geração de emprego, expansão da renda, incentivos fiscais e a larga oferta de crédito mais barato.

 "Se nos anos anteriores a criança ganhou dois ou três brinquedos, neste ano a tendência é de que ganhe menos presentes", afirma.