A prefeita de Canhoba, Elinalda Pereira Santos do Bonfim, continua afastada do cargo. Na sexta-feira, 1º, a prefeita que teve pedido de impeachment aprovado pela Câmara de Vereadores sofreu mais uma derrota no Poder Judiciário. A desembargadora Iolanda Guimarães negou pedido limitar feito pela defesa para suspender todos os atos da Câmara Municipal. Com esta decisão, a desembargadora optou por mantê-la afastada do Poder Executivo Municipal.
A prefeita afastada tenta suspender o efeito do ato dos vereadores desde que instalada a Comissão Processante no município de Canhoba, mas ainda não conseguiu êxito. A prefeita tem 15 dias, a ser contados a partir da notificação, para apresentar as contrarrazões em agravo de instrumento que tramita na 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe.
A ação anulatória dos atos da Câmara de Vereadores, que aprovou o impeachment da prefeita Elinalda Pereira, foi ajuizada na Comarca de Gararu, mas o juízo do Distrito Judiciário de Canhoba [vinculado àquela Comarca] não reconheceu os argumentos da prefeita afastada e o processo de impeachment teve continuidade até julgamento final ocorrido no dia 15 do mês passado.
Na ação, a prefeita alega que teve o direito à ampla defesa cerceado e destaca que a Comissão do Processo de Impedimento foi construída sem sorteio, além das dificuldades que encontrou para ter acesso aos autos. A prefeita também questiona a atitude da Câmara por nomear advogado dativo para atuar na defesa dos interesses dela no processo de impeachment, sem considerar o atestado médico do seu advogado, constituído durante o processo.