O vereador Ricardo Henrique Nogueira de Oliveira (PSC), do município de Poço Verde, dribla os vereadores e pede licença não remunerada por dois meses. Ele é acusado de fornecer dinamites a quadrilhas de assaltantes envolvidos com explosões de caixas eletrônicos de agências bancárias. Com o pedido de licença, o vereador fica livre, neste primeiro momento, de ser excluído da Câmara de Vereadores.

Na próxima segunda-feira, 17, completaria prazo para que ele perdesse o mandato por abandono injustificável das atividades parlamentares no município, mas o irmão dele, identificado como Gustavo, protocolou requerimento assinado pelo próprio parlamentar pedindo licença por um período de dois meses, sem remuneração.

O requerimento foi protocolado na Câmara de Vereadores na quarta-feira, 12. Com esta atitude, Galego se livra da sanção regimentalmente prevista quando o parlamentar se ausenta por cinco sessões plenárias consecutivas sem justificativa, conforme explicações do assistente administrativo da Câmara Municipal de Poço Verde, Orlando Santana. O teor daquele requerimento é previsto regimentalmente e a Mesa Diretora não pode rejeitá-lo, segundo o assistente administrativo.

O vereador responde a processo por crimes contra a incolumidade pública [fabrico, fornecimento, aquisição, posse ou transporte de explosivos], crimes contra a paz pública [quadrilha ou bando] e ainda contra o patrimônio [furto qualificado]. O processo está em tramitação em segredo de justiça.

O vereador já é considerado foragido da justiça e a polícia civil continua tentando localizá-lo. Segundo informações do delegado Jonathas Evangelista, diretor do Complexo de Operações Especiais Policiais (Cope) da Secretaria de Estado da Segurança Pública, há mandado de prisão contra o acusado expedido pela Comarca de Pacatuba.