Natural de São Cristóvão, o deputado estadual Paulo Júnior (PV) tem ampla experiência na vida pública e já foi secretário municipal, vice-prefeito e vereador por duas vezes (2012-2014 e 2016-2020), chegando a ocupar o cargo de presidente da Casa Legislativa. Hoje, eleito com 27.947 votos, o parlamentar ocupa o cargo de 4º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e faz parte da bancada de Oposição.
Em entrevista ao Site Sergipe em Foco, Paulo Júnior destaca os principais projetos apresentados neste início de mandato e enfatiza que atuará no parlamento em defesa e desenvolvimento do Estado. Ele deixa claro, que apesar de ter iniciado sua história política em sua terra natal, São Cristóvão, sempre estará à disposição de todo o povo sergipano.
Sergipe em Foco: Com a experiência adquirida na gestão de São Cristóvão, enquanto secretário municipal e vice-prefeito, e ao longo da atuação na Câmara Municipal de Vereadores, também como presidente da Casa, é possível traçar um comparativo entre essas vivências e o exercício do mandato de deputado estadual?
Paulo Júnior: A experiência no Legislativo municipal e na Prefeitura me dá segurança para captar as demandas da sociedade e fazer da Assembleia um local de voz dos sergipanos. Com suas diferenças, já que se trata do Legislativo estadual, uma esfera bem maior de atuação e de demandas, com funções que se assemelham na busca por Projetos de Lei (PLs) que melhorem a qualidade de vida das pessoas.
SF: Que avaliação o senhor faz destes quase quatro meses de mandato na Assembleia Legislativa? Como foi chegar na Casa já ocupando um lugar na Mesa Diretora?
PJ: Temos uma atuação propositiva, focada no bem-estar do sergipano. Nesses primeiros 100 dias de mandato, apresentamos nove Projetos de Lei em áreas diversas como educação, inclusão, combate a violência contra a mulher e indicações para recuperação de estradas e conclusão de obras. Faço uma avaliação positiva, porque estamos construindo uma Oposição construtiva, sem torcer pelo quanto pior, melhor. Sobre ser 4º secretário, sinto-me honrado pela confiança dos colegas, sendo indicado pelos partidos que não compõem a base governista.
SF: E as pautas defendidas na campanha eleitoral? O senhor já conseguiu incorporá-las ao mandato? Como está esse processo?
PJ: Iniciamos o debate pela licitação do transporte da Grande Aracaju, uma de minhas propostas de campanha. Estive com o prefeito da Barra dos Coqueiros, Alberto Macedo, vamos conversar com todos os gestores para discutir soluções e acelerar a licitação. Todos os dias, recebemos reclamações sobre condições dos ônibus e atrasos nas linhas. Mobilidade é uma demanda urgente e precisa ser encarada como política de governo.
SF: Dos Projetos de Lei apresentados até o momento, quais merecem maior destaque? Fale um pouco sobre a importância deles para a sociedade sergipana.
PJ: Acredito que todos merecem destaque porque tratam de melhorias para a população. Um deles, o PL nº 87/2023, prevê a obrigatoriedade de emissão gratuita de certidões de nascimento, casamento e óbito em Braile. A medida objetiva facilitar a rotina de pessoas com deficiência visual.
SF: Na Alese, o senhor fez críticas aos projetos encaminhados pelo Poder Executivo que versavam sobre as parcerias público-privadas e o reajuste dos funcionários públicos, realizando uma defesa firme do magistério e dos servidores do Deso. Qual a sua avaliação da gestão do governador Fábio Mitidieri?
PJ: Nosso trabalho é sempre pautado pelas demandas da sociedade. Posicionamo-nos contrário por entender que o reajuste para o magistério foi com um percentual muito abaixo do esperado. Necessitamos de um plano de recuperação de carreira. Sobre a PPE, entendemos que a Deso é superavitária e não traz estabilidade para os funcionários. Não estamos na Assembleia para torcer contra Sergipe. Nosso trabalho é sempre pautado pelas demandas da sociedade.
SF: Junto aos deputados da bancada de Oposição, o senhor foi contrário à criação da Agência Sergipe de Desenvolvimento. Que justificativa apresentou durante o seu voto?
PJ: Nossa posição foi contrária porque o Estado já conta com Secretaria de Desenvolvimento e com a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), as duas com o mesmo foco de atuação, além do impacto financeiro da criação da Agência, com cargos e diretorias.
SF: Por sua história, São Cristóvão receberá uma atenção maior do mandato? De que forma espera contribuir para o desenvolvimento do Município?
PJ: São Cristóvão é minha base, minha cidade, natural que trabalhe pelas demandas de lá, busque desenvolvimento por meio de Projetos de Lei e Indicações. No entanto, meu mandato está a serviços de todos os municípios. Defendo a interiorização de investimentos para termos um desenvolvimento e crescimento social e econômico mais igualitário entre as regiões do Estado.
SF: Além dos temas que já são debatidos pelo senhor no parlamento. O que a população sergipana pode esperar do seu trabalho legislativo nos próximos anos? Que outras bandeiras serão abraçadas pelo mandato?
PJ: Podem esperar por um trabalho sério e justo, que beneficie ao povo sergipano.
Da Redação do
Sergipe em Foco