Nos dias 14 e 15 de outubro os enfermeiros do município de Aracaju irão paralisar suas atividades. Segundo a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros, Flávia Brasileiro, são vários os motivos que levaram os profissionais a tomarem essa decisão, um deles são os problemas encontrados nas Unidades de Pronto Atendimento (Upa) e no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), do Bairro Siqueira Campos.
“A categoria tem uma série de insatisfações. Nós precisamos discutir com outros sindicatos algumas situações internas, de gestão, que estão interferindo na assistência à população. Temos uma discussão importante que não pode ser desconsiderada que é a falta de estrutura física para acomodação de todos os profissionais que estão lotados no Cemar. A prefeitura está exigindo que os profissionais fiquem até as 19h, mas não dá condições para isso. Além da forma assediosa que administração municipal tem tratado os servidores, onde uma enfermeira foi devolvida ao seu cargo anterior por participação por ter ajudado o sindicato. Fora os problemas da questão da falta de material de trabalho, etc.”, pontua.
Flávia comenta ainda que o Sindicato foi até impedido de entrar no prédio do Cemar, a direção queria que eles saíssem do prédio. “A gente nunca teve esse problema, sempre pudemos entrar e ter contato com os nossos colegas. A gente tem discussões de cunho gerencial, de agendamento, de fluxo da unidade, que precisa ser compartilhado não só pela gestão, mas também pelos profissionais que estão no serviço”, frisa.
Ainda segundo Brasileiro, os profissionais não têm encontrado caminhos para negociar com a prefeitura. “Não vemos qualquer possibilidade de negociação para esse ano. A Comissão de Negociação parou de se reunir, e não temos qualquer resposta da prefeitura. A gente vem cobrando há muitos anos a criação da gratificação de desemprenho para todos os servidores, pois hoje ela é concedida a apenas uma categoria. O mais plausível seria essa gratificação ser utilizada para todos os servidores, pois eles também tratam bem os pacientes, cumprem seus horários, suas metas, então a gente acredita que todos os profissionais deveriam receber essa gratificação. A gente também tem cobrado isso da prefeitura”, conclui Flávia Brasileiro.