O PSB homologou a candidatura a deputado estadual do ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita, mas abrirá processo ético-disciplinar para apurar, paralelamente às investigações da polícia, as denúncias de envolvimento do ex-prefeito em esquema que envolve desvio de recursos públicos durante a gestão dele naquela prefeitura. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira, 6, pelo secretário geral do partido, Jorge Rabelo.
De acordo com o secretário geral, a posição da cúpula do partido foi vencida pela maioria da executiva e dos partidos aliados pela decisão de acatar o pedido de Sukita para substituir o irmão João Batista Santos, que solicitou o registro ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e renunciou a disputa eleitoral. “O senador Valadares não mudou de opinião”, ressaltou Rabelo. “O senador sempre achou que, pela importância e densidade eleitoral, Capela teria que ter um representante na Assembleia Legislativa e que este candidato não seria Sukita”, enalteceu.
Diante dos episódios, envolvendo a prisão do ex-prefeito em suposto esquema de desvio de recursos públicos durante a gestão dele no município de Capela, o PSB optou por convocar a Comissão Ética do partido para instaurar processo ético-disciplinar para realizar apurações paralelas e, constatando a veracidade das denúncias, aplicar a punibilidade prevista estatutariamente, que se estende desde simples advertência a expulsão do acusado da sigla partidária, dependendo do resultado das investigações que já serão iniciadas internamente nesta terça-feira com a primeira reunião da Comissão de Ética.
O pedido de registro da candidatura de Sukita será protocolado nesta terça-feira, 6, último dia de prazo estabelecido pela legislação eleitoral para que as siglas e coligações apresentem as substituições. De acordo com informações do secretário-geral, para acatar o pedido de Sukita, o PSB tomou por base documentos apresentados pelo próprio ex-prefeito que destacam decisões do Tribunal de Contas do Estado pela suspensão de decisões anteriores que opinam pela rejeição de contas do ex-prefeito e também do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, assinada pelo desembargador Vladimir Souza Carvalho, suspendendo as duas decisões do Tribunal de Contas da União, que incluíram Sukita no rol dos inelegíveis, cuja relação foi encaminhada por aquela corte de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “De forma administrativa, Sukita, com estas decisões, passou a ser elegível”, explicou Rabelo.