Governo e Polícia Civil não entram em acordo e greve continua em SE
Policiais Civis estão em greve e operando com 30% do efetivo (Foto: Tassio Andrade/G1)
Policiais Civis estão em greve e operando com 30% do efetivo (Foto: Tassio Andrade/G1)
G1 SE
07/08/2015 -

A greve dos policiais civis segue em Sergipe por tempo indeterminado. O vice-governador Belivaldo Chagas recebeu representantes da categoria na manhã desta sexta-feira (7) no Palácio dos Despachos, em Aracaju, mas não houve acordo. Segundo a assessoria de imprensa do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) não houve avanço nas negociações e será realizada uma reunião na tarde de hoje entre a diretoria e policiais civis para definir como o movimento grevista vai seguir.

 

A paralisação começou na segunda-feira (3), eles reivindicam a pontualidade e integridade no pagamento dos salários dos servidores e policiais civis;cumprimento de Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e definição do Índice de Reposição Anual Inflacionária- linear de 2015.

 

“Os grevistas são contra o parcelamento do pagamento dos salários dos servidores da rede estadual, nós queremos que a população seja assistida e que os funcionários sejam respeitados. Infelizmente não se divide conta de energia, água, aluguel, escola, prestação de carro, entre outros. Além disso, o Banco do Estado de Sergipe (Banese) desconta o valor de empréstimos logo da primeira parcela que entra do salário, ou seja, a pessoa fica sem dinheiro e com fome”, afirma José Luiz de Carvalho, vice-presidente do Sinpol.

 

Os agentes de polícia receberam R$ 2 mil no início do mês e o restante está previsto para ser pago até o dia 11 de agosto. “Assim que o governador pagar o restante do dinheiro a greve acaba”, revela Carvalho.

 

Serviços prejudicados pela greve

 

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou que a população está sendo  atendida pelos 30% dos funcionários mantidos em serviço durante a greve.

 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o atendimento do Instituto de Criminalística, Instituto de Identificação e Instituto Médico Legal (IML) seguem normal durante a greve.

 

No IML, a única restrição é para realização das perícias para obtenção do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Seguro DPVAT), que foi suspensa durante a paralisação.

 

O Delegado Geral da Polícia Civil, Everton Santos, informou que 30% do efetivo está trabalhando durante a greve tanto na capital quanto no interior do Estado. As unidades que estão tendo o atendimento priorizado são: os Complexo de Operações Policiais Especiais (COPE), Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Delegacias Especializadas, como o Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV), e as Delegacias Plantonistas Central e Zona Norte, em Aracaju, além das Plantonistas no interior do Estado.

 

O atendimento prioriza os casos urgentes, tais como flagrantes, autos de apreensões e de resistência e cumprimento de operações previamente agendadas pela Superintendência da Polícia Civil. Everton esclarece que diante da redução do quantitativo de servidores públicos poderá haver demora na prestação do serviço, mas que ele será realizado.

 

Ele orienta aos cidadãos que caso sintam dificuldades no atendimento que procurem a Superintendência da Polícia Civil, situado à rua Duque de Caxias, S/N, bairro São José, para ser direcionado para uma delegacia específica.

 

Os serviços oferecidos pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe continuam sendo ofertados normalmente. De modo, que a população, caso necessite, pode acionar os serviços de emergência via 190.