O Governo do Estado entrou com pedido de ilegalidade da greve dos professores nesta quinta-feira. Sem propostas e avanços nas negociações, os educadores da rede estadual ainda não têm previsão de retorno às salas de aula. Um ato no Calçadão da João Pessoa, no Centro da capital, reuniu vários deles e uma nova assembleia está marcada para a segunda-feira.
A informação do pedido de ilegalidade foi confirmada através da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe (Seed) no final da tarde. Antes, o clima foi de protesto no Centro da capital. Com uma tenda, manifestantes e um trio pé de serra, membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado de Sergipe (Sintese) explicaram aos que passavam suas principais reinvindicações. Exatamente 356 escolas estão paradas e aproximadamente 170 mil estudantes sem aula.
Os docentes deflagraram greve no último dia 18 pelo aumento de 13,01% para todos os níveis, além de mais segurança e reformas nas escolas. Dados da Seed mostram o salário base de um professor de R$ 1.943,53.
Desde o início, mais de 12 mil professores paralisados e mobilizados em atos, reuniões com representantes do governo e assembleias. Uma das oportunidades foi na terça-feira, com uma reunião dos grevistas com o vice-governador Belivaldo Chagas e o secretário da Fazenda, Jeferson Passos. Na quarta-feira, uma reunião técnica teve o objetivo de apresentar os dados do quadrimestre.
Segundo Roberto Silva, dirigente do Sintese, a última ocasião não foi proveitosa. “Na reunião técnica os gestores da Seed e Sefaz não conseguiram explicar a diferença entre os dados publicados de mais de R$ 85 milhões nos meses de janeiro e fevereiro. A justificativa foi falta de estrutura para fazer os relatórios e falaram que vão republicar agora depois que o sindicato descobriu”, reclamou.
Em contraponto, a Seed divulgou em seu site através de uma nota que o Sintese se equivocou ao deixar de considerar as deduções das transferências com o Fundeb para as prefeituras. Sobre os relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Secretaria do Tesouro Nacional, a secretaria detalhou ainda que não foram levadas em conta as deduções para fins de limite de aplicação mínima do MDE, com o valor de mais de R$ 100 milhões que é repassado aos municípios. Por fim, o órgão esclareceu que espera a volta dos professores ao trabalho, já que não existe nenhuma irregularidade nos cálculos apresentados.
Governo pede ao TJ ilegalidade da greve dos professores
22/05/2015 -
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