Um homem foi preso investigado por por utilizar a imagem de uma criança para obter transferências bancárias alegando que seria para a realização de um procedimento cirúrgico. O golpe era praticado em diversos estados e também ocorreu em Sergipe. A prisão foi divulgada nesta quinta-feira, 13, no Maranhão.
A delegada Suirá Paim destacou que a investigação pela Polícia Civil de Sergipe foi iniciada em 2020. “Durante as investigações, constatamos que o suspeito utilizava uma criança para veicular campanhas em todo o país para solicitar fundos para um suposto tratamento de saúde do menino. Constatamos também que ele informava que o tratamento ocorreria em diversos estados, mas os médicos negaram”, revelou.
De acordo com a delegada Lauana Guedes, a investigação verificou que o suspeito praticava o crime desde o ano de 2010, em diversos estados do país. “Ele utilizava contas bancárias de terceiros para o recebimento dos valores oriundos do golpe. E constatamos que a criança não foi submetida a tratamento médico e que não existia cirurgia agendada em hospital indicado por ele”, detalhou.
Com o aprofundamento das investigações, segundo Suirá Paim, o investigado utilizava as contas bancárias para dificultar o rastreamento do dinheiro. “Em Sergipe, ele chegou a pedir o espaço em uma instituição filantrópica para a divulgação da campanha. Ao ser confrontado em Sergipe sobre as informações, ele fugiu. Durante esse período estávamos buscando por ele, que foi preso no Maranhão”, informou.
Conforme Lauana Guedes, ao ser questionado sobre a suposta doença da criança, o investigado fugiu. “Em razão disso, representamos pela prisão preventiva, que foi deferida pelo Poder Judiciário sergipano, em março deste ano. Mas, apenas no último sábado, ele, que utilizava documentos falsos, foi preso no Maranhão. O grau de parentesco com a criança ainda não foi identificado”, explicou.
Suirá Paim concluiu informando que o homem é investigado pelo mesmo crime em outros estados brasileiros. “Ficou constatado que o investigado respondeu a processo criminal por estelionato usando o mesmo artifício, utilizando-se de criança, e às vezes dizia que precisava de donativo para comprar um leite especial. Nesse estado, ele foi condenado, mas ainda não havia sido encontrado”, pontuou.
A investigação foi conduzida pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), que contou com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), a Polícia Militar do Maranhão.
por João Paulo Schneider - Portal Infonet