IBGE aponta o crescimento da transformação industrial de Sergipe
Foto: divulgação
08/10/2014 -
Últimos dados apresentados pela Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA Empresa) do IBGE sobre valor transformação industrial (VTI), referente ao ano de 2012, registram que Sergipe possui um total de R$ 3,54 bilhões. De acordo com análise do economista Magaiver Correia da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), este resultado significa um crescimento de 1,90% em relação a 2011 e de 32,39% no acumulado desde 2007. O VTI representa a diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais.
Na análise constata-se que a indústria de transformação do Estado cresceu 2,76% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 2,28 bilhões, e a extração mineral teve um crescimento de 0,32%, computando R$ 1,27 bilhão. Já no período entre 2007 e 2012, a indústria manufatureira sergipana cresceu 71,26%. O setor extrativo mineral e a atividade de extração de petróleo e gás, no qual Sergipe se destaca como quinto maior produtor do país, apresenta um crescimento de 1,03% em relação a 2012.
Classificando de acordo com o nível de intensidade tecnológica, no âmbito da indústria de transformação, as atividades consideradas de média baixa tecnologia (como a fabricação de produtos de minerais não-metálicos; a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis; a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos; a metalurgia e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico) tiveram a maior média de crescimento no período entre 2007 e 2012, 14,26%. Como resultado, a participação destas atividades na composição do parque industrial sergipano cresceu de 19,76% para 25,67%.
As atividades consideradas de média alta e alta tecnologias cresceram a uma média de 8,49%. Os segmentos de baixa tecnologia, aqueles mais tradicionais como as indústrias de alimentos, bebidas, têxteis, vestuários, couro e calçados, madeira e móveis, papel e celulose e gráfica, que predominam em Sergipe, também apresentaram crescimento de 7,77%.
No acumulado de 2007 a 2012, o incremento da produtividade por trabalhador foi de 20,84%, a uma média de 3,21% ao ano, entre 2007 e 2012. Por níveis de tecnologia, verifica-se que todos apresentaram crescimento no período, com comportamentos distintos. As atividades tradicionais de baixa e de média baixa tecnologias apresentaram um crescimento médio semelhantes, 2,17% e 2,15%. As atividades de maior valor agregado (média alta/alta tecnologias) apresentaram um crescimento médio de 13,96%, mais que dobrando sua taxa de produtividade, passando de 46,13% para 101,03%.
“A indústria sergipana tem se transformado sensivelmente nos últimos anos e tem apresentado um nível de crescimento substancial. A principal mudança no perfil industrial do estado tem sido a diversificação das atividades”, explica Magaiver.
Segundo ele, o desenvolvimento destas atividades está relacionado aos investimentos em capacitação de mão de obra, com especializações; desenvolvimento de uma infraestrutura logística (rodoviária, aérea, ferroviária e aquaviária), que ofereça condições de acesso aos mercados nacionais e internacionais à indústria de base tecnológica instalada ou que deseje se instalar em Sergipe; ambiente de negócios desburocratizado que facilite a abertura de empresas; o uso estratégico do setor mineral (petróleo, gás e potássio) para o adensamento das suas respectivas cadeias produtivas, em especial as atividades de maior intensividade tecnológica; apoio às ações que militam na aproximação entre as instituições de pesquisa (universidades e institutos) e empresas; e orientação da política de apoio fiscal e locacional para priorização progressiva dos setores e atividades de maior conteúdo tecnológico.
De acordo com o secretário da Sedetec, Saumíneo Nascimento, existem boas perspectivas para a continuidade do crescimento industrial sergipano. “O início do projeto Carnalita, a expansão produtiva da Petrobrás, as duas novas fábricas de cimentos que serão implantadas, a nova fábrica de vidros e diversas outras que estão tramitando irão consolidar o desenvolvimento industrial sergipano”, destacou.
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