Incêndio: delegado tem suspeito de mandante do crime
Incêndio destrói parte da Câmara (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Incêndio destrói parte da Câmara (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Cássia Santana - Portal Infonet
15/02/2016 -

O delegado de polícia civil Paulo Cristiano Alves Ricarte identificou um suspeito que seria a pessoa que teria mandado atear fogo nas dependências da Câmara de Vereadores de Cristinápolis, crime cometido na madrugada da sexta-feira, 12. O nome do suspeito está mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações e seria alguém ligado ao agrupamento político do ex-prefeito Raimundo Silva Leal (PMDB), que sofreu impeachment, aprovado pelos vereadores do município em histórica sessão realizada na sexta-feira passada.

 

Mas as investigações não param por aí. Caso a participação deste suspeito não seja confirmada, o delegado retorna à tese inicial que aponta para três probabilidades: uma suposta sabotagem articulada pela bancada de oposição para incriminar o então prefeito, uma ação articulada pelos próprios aliados do ex-prefeito e a possibilidade do crime ter sido praticado por um eleitor apaixonado, que teria agido isoladamente sem a interferência de qualquer político.

 

Até o momento, o delegado ouviu depoimentos de duas testemunhas. São dois vigilantes: um deles atua como vigia de rua e o outro da própria Câmara Municipal de Vereadores. O depoimento do vigilante de rua nada acrescentou à investigação, mas o vigilante da Câmara de Vereadores trouxe informações preciosas para a polícia, que já está articulando diligências.

 

O delegado não tem dúvida que o incêndio foi criminoso. O cheiro de combustível. “Informalmente, o Corpo de Bombeiros já nos informou que o incêndio foi criminoso”, considerou. As imagens capturadas por uma agência bancária que fica nas proximidades não foram suficientes para identificar a movimentação no momento que a pessoa [ou pessoas] lançou o combustível contra o prédio, mas o delegado está confiante no resultado das investigações. “Não será difícil chegar a um final vitorioso nesta investigação”, considera o delegado.