Jackson Barreto, do PMDB, é reeleito governador de Sergipe
Jackson Barreto (PMDB) comemora vitória em Aracaju (Foto: Daniel Soares/G1 SE)
Jackson Barreto (PMDB) comemora vitória em Aracaju (Foto: Daniel Soares/G1 SE)
G1 Sergipe
06/10/2014 -
Jackson Barreto, do PMDB, foi reeleito neste domingo (5) governador de Sergipe para os próximos quatro anos. Com 100% das urnas apuradas, o peemedebista recebeu 537.793 votos, o que corresponde a 53,52% dos votos válidos, contra 41,37%, de Eduardo Amorim (PSC), 4,66% de Sônia Meire (PSOL). Betinho (PTN) recebeu 0,3% e Airton da CGTB (PPL), 0,2%  (confira a apuração completa no estado). O vice governador eleito na chapa de Jackson é Belivaldo Chagas (PSB).
 
A vitória marca a continuidade do mesmo grupo político que governa o estado desde 2006 quando Marcelo Déda (PT) venceu as eleições e foi reeleito em 2010, tendo Jackson Barreto como seu vice. Déda morreu no fim de 2013 e Jackson assumiu o comando do governo.
 
Em seu discurso de vitória, o peemedebista disse que sempre acreditou na vitória. "Acompanhamos a apuração com alegria. Tendo consciência das dificuldades que nós atravessamos, mas com muita alegria e confiança que a população nos depositou. Eu nunca tive dúvida da vitória”, comemora.
 
Já Eduardo Amorim agradeceu os votos e disse que não vai desistir. “Não valeria a pena chegar de qualquer jeito. Aquele pensamento de que os fins justificam os meios, pra mim isso não vale. Não me sinto derrotado e não vou desistir de Sergipe. Enquanto o estado não tiver uma boa qualidade na educação, saúde e segurança eu não vou desistir. Fizemos uma campanha limpa sem agredir ninguém, apenas nos defendemos. Quero agradecer a todos que confiaram em mim, aos eleitores, minha família, amigos e aliados políticos”, disse.
 
Perfil
 
Jackson Barreto de Lima tem 70 anos e nasceu em Santa Rosa de Lima (SE), a 41 Km de Aracaju, no dia 6 de maio de 1944. Filho do bodegueiro Etelvino Alves de Lima e da professora Neuzice Barreto de Lima, aos 14 anos de idade passou a residir no bairro Cirurgia, em Aracaju. Formado em Direito, é funcionário público lotado na Receita Federal, e já trabalhou nos Correios.
 
Iniciou a militância política como secundarista no Centro Acadêmico Clodomir Silva, do Colégio Atheneu Sergipense, em Aracaju. Mais tarde foi líder estudantil no DCE da Universidade Federal de Sergipe (UFS) ainda nos anos 60, onde iniciou à resistência à Ditadura Militar. Em 1970, enquanto militava clandestinamente no PCB,  passou a ingressar o MDB.
 
Em 1972, foi eleito vereador em Aracaju e, em 1974, foi eleito deputado estadual. Foi preso político por duas vezes, em 1972 e 1976, a última conhecida como Operação Cajueiro. Foi julgado e absolvido em 1978 pela Auditoria Militar da Bahia. E em 1978, foi eleito para o primeiro dos quatro mandatos de deputado federal.
 
Foi um dos líderes em Sergipe da campanha pelas Eleições Diretas, a Diretas-Já, em 1984. Já em 1985, foi eleito prefeito de Aracaju na primeira eleição direta para as prefeituras das capitais. Voltou à Prefeitura de Aracaju em 1992. Em 1998 Jackson foi candidato ao Governo e foi derrotado pelo então governador Albano Franco (PSDB). Em 2002 foi eleito deputado federal e reeleito em 2006.
 
Em 2010, foi candidato a vice na chapa encabeçada pelo governador Marcelo Déda (PT). Durante o tratamento de saúde de Déda, atuou como governador interino por quase um ano. Assumiu definitivamente o governo após a morte de Marcelo Déda, em 2 de dezembro de 2013, quando deu continuidade às obras em todo o Estado, realizando inaugurações.
 
Propostas
 
Entre as propostas de governo, Jackson prometeu construir 20 mil habitações populares, consolidar a política estadual de interesse social; fomentar e comercializar a produção orgânica e agroecológica; fortalecer sistemas cooperativos e racionalizar a água da chuva; reestruturar a rede viária da Grande Aracaju; universalizar o sistema de água; agilizar atendimento, prioridades na saúde do idoso, materno, infantil e portador de necessidades especiais; criação do Hospital do Câncer; criar o Centro de Qualificação Profissional, alfabetizar todas as crianças e elevar a as aprovações; oferecer mais cursos profissionalizantes e colocar rede wi-fi nas escolas; criar fórum permanente de estudo contra a violência e programas de redução de homicídios, de educação e paz no trânsito.
 
Campanha
 
Jackson recebeu apoio de aliados do grupo liderado pelo governador Marcelo Déda, que morreu em 2013, e se fortaleceu com apoio do PT, PSD, PC do B, PRTB, PDT, PRP, PROS, PSDC, PSB e PRB. Durante a campanha ele prometeu dar continuidade as obras iniciadas por Déda e ganhou apoio de Lula e Dilma Rousseff.
 
Desde o início da campanha, Jackson aparecia como um dos favoritos e disputava a preferência do público com o senador Eduardo Amorim. Na reta final ele passou à frente nas pesquisas de intenções de votos.
 
Confira a votação dos candidatos
Jackson Barreto (PMDB): 53,51%
Eduardo Amorim (PSC): 41,33%
Sônia Meire (PSOL): 4,66%
Betinho (PTN): 0,3%
Airton da CGTB (PPL): 0,2%