A Delegada de Itaporanga D`Ajuda, Mariana Amorim, afirmou durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira, 22, que a mãe suspeita de aliciar as filhas nega a acusação. Segundo a delegada, a mãe das quatro meninas, que teriam sido alugadas para uma rede de pedófilos, negou as acusações em depoimento na delegacia. Laudo do Instituto Médico Legal de Alagoas não apontou conjunção carnal.
A mãe da criança informou em depoimento, que nunca houve abuso por parte do padastro e que o relacionamento com o pai de suas filhas sempre foi conturbado. “Ela nega essas as denúncias contra ela, fala a respeito de um relacionamento bastante conturbado com o pai das crianças e esse depoimento está sendo confirmado após ouvirmos pessoas das cidades. Há registro de boletim ocorrências de ameaças contra ele”, relata a delegada.
Sobre o laudo feito no IML, a delegada explica que o documento confirmou que não houve violência sexual contra as crianças. “Contudo, se há outra forma de violências, nós vamos averiguar. Sobre o padastro ela confirma que teve esse relacionamento com esse cidadão, mas os filhos mais velhos dela falam muito bem dele”, diz.
Investigações
A delegada Katarina Feitosa, superintendente da Polícia Civil de Sergipe, ressalta que o documento que foi encaminhado no ano passado (2013), via Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), dava conta de um suposto abuso sexual do padastro com relação a suas enteadas e não de uma rede de pedofilia.
“O delegado, a época, começou a detalhar a situação, mas houve a substituição, por outro delegado e por isso o inquérito não foi concluído. Entretanto, as informações que chegaram a pouco tempo e divulgada pela imprensa, de que envolve uma rede de pedofilia, crianças levadas para uma fazenda, mãe que alugou as filhas e de que as crianças teriam recebidos injeções de anestesias não chegou à delegacia em Sergipe”, explica.
Katarina Feitosa afirma que o laudo do IML de Alagoas não tinha chegado ainda. “Não tínhamos materialidade do delido. Esse laudo só chegou agora e diz que não houve violência. Então agente já começa vislumbrar outras situações. Mas tudo isso será apurado pela polícia sergipana. A gente não pode afirmar que o Conselho Tutelar mentiu, mas a gente não sabe que tipo de relação que essas crianças estão inseridas. Não descartamos a possibilidade de que houve abuso e é nisso que vamos trabalhar”, garante.
Conselho tutelar
O conselheiro tutelar Fernando Silva rebate as informações e afirma que o laudo deixa claro que houve atos libidinosos contra as crianças. “A delegada Rosimere (de Alagoas), me mostrou o laudo que mostra que houve a violência. As meninas pegaram bactérias que estão sendo tratadas até hoje. E isso está no laudo”, afirma Fernando. A reportagem do Portal Infonet tentou ouvir a delegada Rosimere, mas sem êxito.
Mãe suspeita de aliciar filhas em Sergipe nega acusação
22/07/2014 -
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