A greve dos professores da rede pública estadual continua, entretanto não compromete o andamento das aulas em todas as unidades. Algumas escolas decidiram não aderir ao movimento paredista e os professores continuam em sala lecionando.
Exemplo disso é o Colégio Estadual Prof. Arthur Fortes, que em decisão democrática feita pelo corpo docente, decidiu manter as aulas. Incentivados pela direção do Colégio, os professores optaram por não interromper as aulas.
"Por ser uma escola pequena, e para não prejudicar as crianças, decidimos dar prosseguimento às aulas e não atrasar o ano letivo", afirma a professora de ensino fundamental Lúcia Ribeiro.
Para ela, a paralisação das aulas no colégio poderia criar um desestímulo nos alunos e um conseguinte prejuízo para o aprendizado deles.
Reforçando essa opinião, a diretora do Arthur Fontes, Neuma Santos, conta que, "além da decisão dos próprios professores em continuar as aulas, houve também um comprometimento do corpo pedagógico da unidade para com a comunidade".
"Atendemos aqui a 240 crianças, entre o 1º e o 5º ano do ensino fundamental, e acreditamos que a paralisação acarretaria prejuízos não só a estes alunos como aos seus pais também", afirma Neuma.
Dona Lindaci da Silva, cujo filho estuda neste colégio, afirma que em decorrência de não paralisar as atividades, seu filho não ficou prejudicado com a greve.
"Foi bom as aulas continuarem porque, dessa forma, meu filho continua assistindo as aulas e não teve que ficar em casa, perdendo um tempo que para ele é de muita importância, pois aqui no colégio ele está sempre aprendendo", relata Lindaci.
11 de Agosto
Situação semelhante pode ser constatada também no Colégio Estadual 11 de Agosto, localizado na capital. Com pequeno atraso no inicio do ano letivo, o 11 de Agosto também continua com os professores em sala de aula.
A coordenadora do Colégio, Ana Carmen Mamédio, explica que em decorrência desse atraso, o corpo docente optou pela não interrupção das aulas dos quase 200 alunos, como uma forma de evitar prejuízos aos alunos.
De acordo com a professora Daniela Oliveira, embora as reivindicações da categoria sejam legítimas, os alunos não podem ser prejudicados com essa situação.
Volta às aulas em Aracaju
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) tem monitorado o movimento de adesão das escolas estaduais ao movimento grevista desde o inicio da paralisação, no último dia 18 de maio.
No primeiro levantamento realizado inicialmente apenas nas escolas da capital, constavam 62 delas com adesão total ao movimento, outras 11 que aderiram apenas de forma parcial, mantendo alguns professores em sala, lecionando; e 12 optaram por não aderir ao movimento.
O segundo levantamento constatou um enfraquecimento na adesão à greve, com 60 escolas totalmente com aulas interrompidas; 13 de forma parcial e 11 se mantiveram em aulas normalmente.
A realidade do último levantamento, realizado na terça-feira, 02, um número menor de escolas sem aulas. Apenas 36 das 60 escolas da capital que aderiram à greve continuam com atividades paralisadas. Agora, o levantamento aponta 34 funcionando de forma parcial e 13 em pleno desenvolvimento do ano letivo.
No interior do Estado, de acordo com dados da Seed, esse número é bem maior e será divulgado na sexta-feira, 05.